O nome da ilha em que tudo se passou é Lian Yu, em mandarim, quer dizer: purgatório.
Savannah foi deixada na ilha ficando presa nela por oito anos. Sonhava com seu resgate em todas as noites escuras e frias e durante os oitos anos só tinha um pens...
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Savannah sentia que seu mundo tinha caído em questão de segundos. Achava que mais nada a assustaria, depois de tudo o que passou, mas percebeu que se enganou feio.
O navio de Tália tinha desembarcado há meia hora e ela estava relutante em descer. A garota tinha lhe dado um tempo para se arrumar e ela enrolou o máximo que conseguiu dentro do quarto que passou nos últimos dias.
Seus cortes não tinham se cicatrizado por completo, mas ela estava se sentindo melhor, ou talvez, fosse somente a adrenalina subindo até seu cérebro, por constatar que estava em Nanda Parbat.
O lugar que sempre temeu.
Pensou na inevitabilidade e todas as teorias da conspiração, enquanto caminhava em direção a casa central, onde finalmente conheceria seu novo mestre. Seu novo dono.
Sua nova forma de se tornar uma assassina.
Controlou o nó que se formou na garganta e acompanhou a comitiva de Tália de forma silenciosa, controlando sua própria ansiedade diante da situação. Quando as portas se abriram, Tália tocou o ombro de Savannah, sorrindo em seguida.
Savannah sabia que ela estava tentando mantê-la confortável. Mas nada a deixaria confortável no momento. Ela queria sumir, cavar um buraco e se enfiar o mais fundo nele. A ansiedade dava nós em sua barriga, a garganta estava seca e ela pensou que vomitaria até o que não comeu, quando o enxergou.
Ele estava ali. Sentado em uma cadeira, em toda sua majestade. Suas roupas pretas lhe davam um ar ainda mais obscuro e a ausência de reação dele, quando as portas se abriram deu a ela um novo significado pra palavra medo.
Ele estava há poucos metros de distância. Com um olhar penetrante, enigmático e muito... muito perturbador.
Ela pode perceber que aquilo também estava sendo difícil pra ele. Mesmo sem entender porquê, sentia a movimentação sanguínea dele se alterar aos poucos, a medida que ela caminhava em sua direção. Como se ele também estivesse ansioso de alguma forma.
Ela se ajoelhou na distância que julgou ser adequada e percebeu ele se levantar, indo em direção a ela. Viu quando ele parou em sua frente e procurou manter seu olhar abaixado.
— Saudações, minha querida. Bem vinda a Nanda Parbat. — ela somente assentiu com a cabeça, calada. — Como você está?
— Bem, senhor. — se praguejou mentalmente por sua voz sair fina e sem confiança alguma e tentou seguir com mais firmeza: — Não se preocupe comigo. Estou aqui para servir aos seus propósitos.
— Aos propósitos da Liga dos Assassinos, minha querida. — ele corrigiu, vendo-a concordar com a cabeça. Ra's esticou sua mão, colocando na frente de Savannah e ela colocou a sua sobre a dele. — Levante-se, Savannah.