O nome da ilha em que tudo se passou é Lian Yu, em mandarim, quer dizer: purgatório.
Savannah foi deixada na ilha ficando presa nela por oito anos. Sonhava com seu resgate em todas as noites escuras e frias e durante os oitos anos só tinha um pens...
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A respiração de Savannah estava entrecortada e ela agarrava o lençol da cama como se sua vida dependesse disso. Sua testa já apresentava sinais de suor e ela se mexia constantemente, como se tivesse tentando lutar contra algo ou alguém que quisesse fazer algum mal.
Oliver se assustou a princípio quando sentiu a cama se remexer mais intensamente e abriu os olhos, já tendo certeza do que se tratava. Não era a primeira vez naquela semana e ele se perguntava quando seria a última.
Savannah estava agitada, com medo, sem conseguir efetivamente relaxar e ele se via perdido, sem saber o que fazer para acalmar a mulher de forma eficaz.
Tinha pesquisado sobre tantas coisas, buscando entender quem era Ra's Al Ghul e tudo que havia feito nos últimos anos e concluiu que seu sogro, era realmente uma pessoa que não levava muitas respostas negativas ou aceitava as vontades alheias.
Ele queria, ele conseguia.
E talvez essa certeza, esteja causando tantas sensações ruins nela ao ponto de não conseguir se controlar. Durante o dia, ela se mantinha firme, praticamente inabalável, mas quando a noite caía e ela finalmente dormia, ele podia perceber com claridade tudo aquilo que ela guardava dentro de si e seu coração se quebrava a cada vez que isso acontecia.
Oliver sentou na cama e passou a mão pelos olhos, tocando a testa dela com delicadeza, retirando as gotas de suor por baixo da franja lateral. Estavam na mansão, no quarto que agora ele denominava de "nosso" já que não permitiria que Savannah ficasse sozinha.
Mesmo com a presença constante de Thea no apartamento, ele julgou ser melhor ela se instalar na mansão, até que os problemas estivessem resolvidos e ele pudesse inserir o assunto: casa nova, vida nova, na história de ambos.
Suspirou e chegou perto dela. Precisava acordá-la, sem o que o susto da realidade fosse maior que o pesadelo.
— Meu amor... — sussurrou em seu ouvido. — Está tudo bem, meu anjo. Acorde. — pediu tocando o rosto dela. Viu Savannah prestar atenção em sua voz, mas ela franziu o cenho, delirando novamente. — Meu amor, por favor, estou aqui, acorde. — disse um pouco mais alto e segurou a mão dela com força, arrancando do lençol.
Percebeu ela respirar profundamente e abrir os olhos com lentidão, se acostumando com a escuridão do quarto e se habituando ao que conseguia enxergar ao seu redor.
Devagar, se sentou na cama, encolhendo seus joelhos e Oliver a abraçou de lado, trazendo a mulher para junto de si. Ela o abraçou, deitando sua cabeça no peitoral nu dele e suspirou, percebendo que mais uma vez se tratava do sonho estranho.
O mesmo sonho.
Sempre da mesma forma.
A morte de seu pai ou a do bebê que carregava em seu ventre.
Não queria perder nenhum deles.
— Não acha que precisamos falar sobre isso? — Oliver começou. — Já faz uma semana que está assim, não podemos deixar isso interferir... mais do que já está interferindo. Você precisa ter paz e tranquilidade agora.
