Retorno a Starling

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Savannah se arrependeu de abrir os olhos, assim que reparou ter algumas mulheres a cercando

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Savannah se arrependeu de abrir os olhos, assim que reparou ter algumas mulheres a cercando. Já havia se tornado uma rotina estupidamente chata, ser abordada dessa forma. Depois de sua vida virar de cabeça pra baixo.

Coçou o olho e tentou se levantar, mas percebeu estar fraca demais pra isso. Viu que, em seu pulso, havia uma ligação direta com uma bolsa de sangue, que já se encontrava pela metade.

A dor na cabeça foi grande, como se tivesse sido esmagada de várias formas. Tentou levar a mão até o local, porém foi impedida por uma moça, de longos cabelos pretos e olhos incrivelmente verdes, que o segurou agilmente.

— Não pode colocar a mão na cabeça, por enquanto. Tivemos que dar alguns pontos e isso precisa cicatrizar primeiro. — sorriu, indo em direção a um pequeno armário, tirando uma coberta peluda de lá. — Está com frio? Pode ser que sinta quando o efeito da anestesia passar. Ainda mais, por estarmos em alto mar.

A mulher suspirou, se aproximando de Savannah novamente, cobrindo seu corpo por completo com o cobertor marrom. Conferiu mais uma vez a bolsa de sangue ligada ao pulso dela, dando ordens para trazerem outra.

— Se precisar de ajuda pra levantar é só chamar, que a Marcelle vem te ajudar. — apontou para uma mulher ruiva, vestida de preto. — Se preferir também pode me chamar. Preciso que descanse agora. Depois conversamos. E não mexa na sua cabeça, não queremos que os pontos se soltem, não é mesmo?

Savannah, negou com o rosto, incapaz de dizer qualquer palavra.

Inúmeras perguntas rondavam sua cabeça, especialmente por pensar em Oliver, mas não se sentiu à vontade pra perguntar. Aquela mulher estava sendo bondosa demais com ela, sentia até que ali existia algum tipo de carinho, em seus gestos, em suas atitudes.

A princípio achou estranho. Tinha muito tempo que não recebia qualquer gesto de gentileza, inclusive de pessoas desconhecidas. Foi reconfortante de certa forma e não achou prudente bombardeá-la com perguntas.

— Não precisa ter medo. — ela garantiu, sorrindo, o que evidenciou ainda mais o verde em seus olhos. — Aqui não vamos te machucar. Está em casa, Savannah. — a garota engoliu em seco, finalmente tomando coragem pra falar.

— Como sabe meu nome? — disse baixo, sua voz estava meio pastosa, longe. Se sentiu meio grogue e fechou os olhos com a tontura repentina, puxando o ar aos seus pulmões. Sentiu tudo ardendo por dentro e presumiu que tinha engolido mais água que o normal nas últimas horas.

— Vi no documento dentro da calça que usava. Acho que vai precisar refazer, está quase destruído pelos vários dias que passou no mar.

— Foram dias? Onde estou exatamente?

— Está indo em direção a Nanda Parbat. Vamos voltar pra casa.

As lágrimas desciam por seus olhos, sem qualquer controle. Se sentiu patética com isso, mas não pode evitar.

LIAN YU  | Oliver QueenOnde histórias criam vida. Descubra agora