O nome da ilha em que tudo se passou é Lian Yu, em mandarim, quer dizer: purgatório.
Savannah foi deixada na ilha ficando presa nela por oito anos. Sonhava com seu resgate em todas as noites escuras e frias e durante os oitos anos só tinha um pens...
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Ela comprou algumas coisas para reabastecer o apartamento e não se importou em ir a pé. Era perto. A caminhada até o apartamento era curta e o vento da noite estava agradável o suficiente para fazer seu coração se acalmar por breve minutos.
Thea estava ao seu lado, levando algumas sacolas com doces e guloseimas que, segundo ela, eram indispensáveis para sua dieta. Conversavam amenidades do dia a dia, com Thea contando sobre a viagem que Roy estava planejando em comemoração aos dois anos de namoro que completariam no próximo mês.
— Tenho certeza que vai ser bom pra vocês. Uma viagem romântica é sempre bom. — encorajou, segura de si. Talvez se Thea estivesse longe, sua partida seria um pouco menos complicada. Estavam tão próximas, tão apegadas, que devia parte de sua permanência em Starling City a garota.
— Eu pensei em ir pra algum lugar no Havai. Talvez Maiu. É a segunda maior ilha de lá e parece o lugar ideal pra umas férias.
— Ilhas Maldivas. — respondeu entusiasmada. — Sempre tive vontade de conhecer, em parte pelo seu irmão, que sempre me disse que seria um ótimo local pra relaxar.
— E porque vocês nunca foram?
— Ilha... mar... não sei. Eu estava evitando a água por algum tempo, mas claramente não deu muito certo, já que me hospedei no Tibé nos últimos anos. — deu de ombros. — Escolha um lugar onde vai se sentir bem e que tenha tranquilidade suficiente pra conseguir curtir.
Instruiu com um sorriso e disfarçou o incômodo quando sentiu que tinha alguma coisa muito errada no ar. Olhou para os lados, porém não conseguiu ver ninguém e controlou a crise de riso que quis tomar conta de si, sabendo exatamente quem estava atrás dela.
Duas semanas haviam se passado e ela não disse nada a respeito. Não se comunicou com suas irmãs e tinha plena consciência que Ra's Al Ghul odiava ficar sem notícias. Principalmente agora, tendo a certeza que Savannah sabia sobre a ligação sanguínea entre eles e, mesmo assim, permanecendo silenciosa a respeito.
Continuou sua caminhada até chegar na entrada do prédio. Tirou a jaqueta jeans de dentro da bolsa, conferindo o horário no celular. Sete horas. Estava se aproximando do horário marcado para encontrar Oliver.
O embrulho em seu estômago ficou maior e arrepios percorreram sua pele ao pensar nele. A hora da verdade estava próxima e ela, mais do que nunca, tinha que explicar tudo. Não poderia ir sabendo que escondeu a verdade de Oliver. Não era o correto a ser feito, ainda mais tendo ele o direito de saber sobre seu filho.
Savannah só esperava que ele entendesse sua situação e que as coisas pudessem se resolver da melhor maneira possível.
Isso não era garantia de que eles retomariam o relacionamento de anos, mas esclarecer tudo, deixar em panos limpos toda situação, era o certo a ser feito. E quanto antes solucionar isso, melhor.
— Thea, eu tenho um compromisso agora. — informou. —Você consegue subir com as sacolas?
— Não se preocupe. Vou subir pelo elevador principal e procurar uma briga espetacular com síndico.
