41 | Harry Potter

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Ambêr acordará lentamente de sua cama, seu corpo se contorceu fazendo seus ossos reclamarem, levantou o rosto e olhou para o lado e viu um cama bagunçada que deveria está sendo utilizada por Ginny Weasley. Colocou seus pés sobre o chão esperando a tontura passar, assim que se levantou fez um coque desleixado nos cabelos e se direcionou para o banheiro. Olhou pela janela e ainda era madrugada, a ruiva estranhou.

Ao chegar à cozinha viu toda sua família reunida parecendo muito extasiados, Ginny fazia um chá na pia enquanto Molly e Arthur escreviam alguma coisa que parecia ser importante em um pergaminho.

- Bom dia - Disse Ambêr ao chegar ao fim da escada, a família por outro lado nem apareceu escutar. A ruiva olhou para o irmão gêmeo que comia incansavelmente algumas coxas de frango. - O que aconteceu?

- Harry se meteu em confusões de novo. - Disse Ginny nervosa.

- Já deveriam se acostumar com isso. - Ela sentou-se na bancada. - O que ele apontou dessa vez ?

- Não sabemos ao certo como isso aconteceu, mas parece que Harry executou o Patrono em frente um trouxa. - Disse Ron desengonçado.

Ambêr abriu a boca mas logo fechou. Se direcionou os pais e espiou o que os dois tanto olhavam. Uma carta a Harry.

Harry,
Dumbledore acabou de chegar ao Ministério e está tentando resolver o problema. NÃO DEIXE A CASA DOS SEUS TIOS. NÃO FAÇA MAIS NENHUMA MÁGICA. NÃO ENTREGUE
SUA VARINHA.

Arthur Weasley

- O que dementadores fariam em Londres ? - Perguntou Percy estufando o peito.

- E você acha que eu tenho cara de dementador para saber? - Perguntou Ambêr estendo a mão e pegando o café que lhe foi servido. - O perigo persegue Harry, vocês deveriam se acostumar.

- Isso não é hora para suas indelicadezas, Ambêr, é um assunto sério. - Molly repreendeu

- Claro. - Sussurou Ambêr.

- Temos que ajudar a Harry. - Disse Molly.

- Mas como? - Perguntou Ron limpando a boca.

- Já experimentaram dizer a Sirius o que está acontecendo ? - Ambêr deu um longo gole em seu café puro.

- Ótima ideia querida. - Disse Arthur pegando outro pergaminho juntamente com uma pena.

- Ele pode ser expulso não é mamãe? - Disse Ginny.

- Ele é Harry Potter é claro que não irá ser expulso. - Disse Ambêr lavando a xícara e a colocando para secar.

- Tem razão, se não foi expulso ano passado por conta de Cedric, também não será expulso esse ano. - Disse Ron apoiando a cotovelo no ombro da irmã gêmea.

Os irmãos ficaram calados assim que viram os adultos saíram da cozinha, Ron estava demasiado preocupado com o amigo e Ginny nem se falará, a ruiva mais nova mordia as unhas recém feitas. Ambêr por outro lado não acreditava que o menino seria expulso. A meses a ruiva tem recebido cartas e mais cartas do companheiro, porém nunca chegou a responder nenhuma, o que não a preocupava.

- Temos que ajudar a Harry. Se vistam crianças. - Arthur se direcionou aos filhos que ainda estavam de pijamas, exceto Ambêr que se colocou na frente do pai.

- O que houve? Para aonde vamos ? -Disse ela olhando para os pais.

- Os tios de Harry o abandonaram sozinho em casa, é só isso que precisa saber. - Disse Molly sorrindo.

Ambêr se sentiu frustrada e logo se sentou no sofá a espera dos irmãos.

✔︎

- Baixe a varinha, garoto, antes que você arranque os olhos de alguém - disse uma voz baixa e rouca.

O coração de Harry bateu descontrolado. Reconhecia aquela voz, mas não baixou a varinha.

- Professor Moody? - perguntou hesitante.

- Não sei bem quanto a "Professor" - rosnou a voz -, nunca cheguei a ensinar muito tempo, não é mesmo? Vem até aqui, queremos ver você direito.

Harry baixou ligeiramente a varinha, mas não afrouxou a mão, nem se mexeu. Tinha muito boas razões para desconfiar. Recentemente passara nove meses em companhia de alguém que achava que era Olho-Tonto Moody e acabou descobrindo que não era ele, mas um impostor, que ainda por cima tentara matá-lo antes de ser desmascarado. Mas, antes que pudesse decidir o que fazer, uma segunda voz, ligeiramente rouca, flutuou até o alto da escada.

- Tudo bem, Harry. Viemos buscar você.

O coração do garoto deu um salto. Reconheceu aquela voz também, embora não a ouvisse havia alguns meses.

- Ambêr?! - exclamou incrédulo. - É você?

- Quem mais seria ? - Respondeu ela irônica.

- Por que estamos todos parados no escuro - disse Ninfadora Tonks, que tinha o braço cruzados com os de Ambêr. - Lumus.

A ponta de uma varinha acendeu, iluminando o hall com luz mágica. A ruiva viu Harry piscar. As pessoas embaixo estavam amontoadas ao pé da escada, olhando-o com atenção, algumas até esticando o pescoço para vê-lo melhor. Remo Lupin era quem estava mais próximo de Harry. Embora ainda jovem, Lupin parecia cansado e bem doente; tinha mais cabelos brancos do que quando os garoto se despediram dele, e suas vestes estavam mais remendadas e gastas que nunca. Ainda assim, ele olhava para Harry com um grande sorriso, que o garoto tentou retribuir apesar do seu estado de choque.

- Ahhh, ele é igualzinho ao que eu imaginei - disse a bruxa que segurava no alto a varinha acesa. Parecia a segunda mais jovem do grupo; tinha um rosto pálido em feitio de coração, olhos escuros e cintilantes e cabelos curtos e espetados, roxo berrante. - E aí, beleza, Harry!

- É, vejo o que quis dizer, Remo - disse um bruxo negro e careca parado no círculo mais externo do grupo; tinha uma voz grave e lenta e usava um único brinco de ouro na orelha -, ele
é a cara do Tiago.

- Exceto pelos olhos - disse a voz asmática de um bruxo de cabelos prateados mais ao fundo. - São os olhos de Lílian. Ambêr estava brincando sozinha com os dedos um pouco longe da multidão, nem se quer se importava se a conversa era importante.

- Vamos embora, não vamos? - perguntou Harry. - Logo?

- Quase imediatamente - disse Lupin -, vamos só aguardar o sinal verde.

- Aonde vamos? Para A Toca? - perguntou Harry, esperançoso.

- Não, não para A Toca - respondeu Lupin, conduzindo Harry para a cozinha; o grupinho de bruxos os acompanhou, ainda examinando o garoto, cheios de curiosidade, exceto Ambêr que estava cochichando com Ninfadora. - Arriscado demais. Montamos o quartel-general em um lugar difícil de encontrar. Levou algum tempo...

- Quando você diz "quartel-general" parece que somos fugitivos da lei por assassinato. - Disse Ambêr entediada.

- Eu concordo com ela. - Disse Ninfadora Tonks apontando para a garota.

As duas garotas riram animadamente, Ninfadora se colocou ao lado de Ambêr distraidamente, seus olhos desceram até o pulso da ruiva e se arregalaram, a manga da camiseta havia levantado deixando abertamente para todos que quisessem ver o nome ali gravado. Ambêr olhou para a mulher ao seu lado como se lhe suplicasse por silêncio.

- Quero todos os mínimos detalhes mocinha. - Sussurou ela no ouvido da ruiva que concordou.

Diário de uma Weasley Onde as histórias ganham vida. Descobre agora