61 | "Quem é você?"

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Tudo ao seu redor estava sombrio. Seus olhos ardiam como se estivessem em contato direto com sal, mas suas pálpebras estavam pesadas demais. A cama em que seu corpo indefeso repousava por muito tempo não é das mais cômodas. Seu cotovelo estava machucado por algo que ela não lembrava, seus joelhos estavam roxos e seu cabelo estava bagunçado. Ela não teve tempo para abrir os olhos e ouviu o ataque doloroso que a porta fez ao ser aberta. Ela abriu os olhos e eles vagaram pela câmara de contenção. Ela ficou assustada por alguns segundos. A porta branca com alguns desenhos medíocres, abriu-se num gesto violento. A mulher se assustou, seu corpo saltou no colchão, sua voz ficou rouca e seu peito se ergueu de repente. O enfermeiro alto e robusto entrou pela fresta da porta, segurando uma pequena bandeja de ferro na mão, onde algumas tatuagens podiam ser encontradas.

- Está acordada a muito tempo, ratinha ? Advinha? Tenho uma surpresa. - O homem másculo questionou em um tom ríspido, ele deu um sorriso perverso.

- Sr.Filippe, se retire, agora. Seus serviços não serão mais necessários.- A voz que ela tanto conhecia entrou pela porta, ela olhou para o médico a sua frente, que sorriu amável. Seus músculos relaxaram.

- Com licença, Sr.Blunly.

- Me desculpe, querida. - Ele passou a mão pela testa da mulher que se acalmou imediatamente. - Feche os olhos, meu bem. - Ordenou ele, porém, ela não obedeceu. Ela sabia exatamente o que iria acontecer.

Seu braço foi grosseiramente agarrado pelas enfermeiras ao lado dele, e o médico à sua frente sorriu tristemente e estendeu a mão para a seringa na bandeja de ferro. O corpo da mulher se contorcia rapidamente na cama, ela estava desesperada, ela não queria isso. Ela não teria para onde fugir, não tinha saída, nem mesmo uma porta de escape.

Não queria

Nunca quis

De repente, o corpo de Ambêr saltou sobre o colchão. O cabelo ruivo da garota estava molhado de suor e ainda grudado na testa. Ela não podia gritar, sua garganta ficou seca e rachada. Seu peito estava coberto pela pequena blusa roxa, ondulando violentamente.

Ambêr olhou para a grande janela do quarto em que morava temporariamente, viu pingos de chuva raivosos molharem o vidro. Ela largou o travesseiro e calçou os chinelos.

Ela definitivamente não queria incomodar seu companheiro, - ele poderia está dormido, e ela não queria incomodar mais ainda com sua presença inusitada no meio da noite.

Ela desceu as escadas lentamente, tentando não fazer nenhum som que pudesse acordar Draco. Ela caminhou pela longa sala de estar e finalmente parou na frente da cozinha - por algum motivo, a luz da cozinha estava acesa.

Ela parou, não reconheceu o cheiro exagerado do perfume de seu companheiro - não era ele que estava lá, e nem Astoria. Ela caminhou lentamente até a porta com o coração batendo forte.

Não poderia ser Astoria, já que a morena havia ido embora poucos minutos depois da sua chegada, então, quem seria ?

Ambêr encheu-se de coragem e parou na entrada da cozinha, ela ficou seriamente assustada. A sua frente a mulher mais elegante que ela virá se encontrava parada também em total surpresa. Não imaginava a encontrá-la assim do nada no meio de uma tarde chuvosa.

Narcisa Black foi a filha mais nova de Cygnys e Druella Black (nascida Rosier), nascida em 29 de setembro de 1955. Ela teve duas irmãs mais velhas, Bellatriz e Andrômeda.

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