66 | Enfermaria

894 94 3
                                    

A noite estava nebulosa, e pavorosa, a madrugada vista da janela de vidro da enfermaria parecia calma, como uma noite comum. O clima frio e propício para um bom chocolate quente fazia questão de cutucar a espinha de Ambêr, que de vez enquanto se arrepiava na poltrona dura que o local a oferecia. Tão calmo, estava aquele ambiente, que abrigava pessoas doentes e chorosas. Estava incrivelmente calmo.
A três horas atrás quando as três garotas chegaram a enfermaria com um corpo ensanguentado flutuando, tudo estava cômico, a ponto de explodir. Várias foram as broncas que tomaram da diretora de sua casa, que no final suspirou rudemente e as beneficiou com cinquenta ponto pelo bom feito.

Minutos depois, o albino já estava sobre a maca, com seu busto enfaixado com magia rápida e algumas poções sendo injetadas direto em sua veia aparente.

- Esse jovens de hoje em dia...acham que feitiços como esse, podem ser lançados ao ar do vento. - Rosnou Madame Pomfrey balançando a cabeça.

- Ela não vai morrer, não é?

Anna tentou por tudo que a regia, não ser negativa naquele momento de tristeza, porém, teve que perguntar. Não seria um favor pago, se o mesmo estivesse morto.

- Besteira. - Lançou a mais velha. - O jovem Malfoy irá sobreviver. O feitiço foi feito de modo rápido e correto, isso contribuiu para o processo de cura.

Anna suspirou pesadamente e Ambêr cruzou os braços nervosa.

- Preciso dar uma olhada nesses punhos, querida. - Madame Pomfrey terminou rabiscar um pergaminho extenso e caminhou até Astória, que continuava encolhida. - Como fez isso ?

- Tive um leve ataque de raiva. Não se preocupe não matei ninguém. - A lufana omitiu certas partes.

Madame Pomfrey forçou a garganta.

- Algumas horas antes da chegada de vocês, o Sr. Potter deu entrada na enfermaria com o rosto seriamente ferido. - Sua voz era desconfiada. - A senhorita teria sido a autora? - A mais velha terminou de enfaixar a mão da jovem e a encarou.

- Claro que não. - Ambêr respondeu pela amiga com uma voz suave. - Harry não esteve lá conosco.

Ambêr engoliu um seco. Embora aquela fosse uma oportunidade perfeita para entregar o pescoço do moreno, não era aquilo que ela queria.

De certa forma, se elas o entregassem, sem questionar, ele iria dar sua versão da história, podendo até mesmo revelar segredos obscuros sobre seu companheiro, que o deixariam não ponta da guilhotina.

Harry não iria contar. Astória fez questão de deixar isso gravado em seu maxilar, mesmo que não tenha ocorrido uma verbalização.

A madame as olhou de canto de olho a apenas concordou, as deixando no local.

- Por que não disse a ela que Harry quase matou seu companheiro? - Anna jogou-se sobre a cabeceira da poltrona.

- Teve pena por acaso? - A lufana questionou.

Ambêr sentou se na ponta da maca, aos pés de Draco.

- Acredite vontade foi que o que não me faltou. - Ela relaxou os ombros. - Mas, se Harry dissesse a Dumbledore que Draco quase lhe lançou uma Maldição Imperdoável, nos três sabemos que o velho não iria questionar em colocar Draco em problemas. - As três concordaram positivamente com as cabeças. - Mesmo que ele já esteja com problemas bem maiores. - Sussurou a última parte, só para si mesma.

Diário de uma Weasley Onde as histórias ganham vida. Descobre agora