43 | Astoria

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Astoria passava pelos corredores escuros da Mansão Malfoy com mestria, seus sapatos faziam o mínimo possível de barulho assim que seus passos batiam sobre o piso. A morena retirou a capa que cobria seus cabelos e adentrou o quarto escuro do rapaz, ela fechou a porta atrás de si e lançou um feitiço silenciador com um gesto displicente da sua varinha.

- Até que enfim, pensei que tinha se perdido. - Disse Draco Malfoy se levantando de sua cama.

- Não me subestime, Malfoy, não sabe do que sou capaz. - Disse Astoria retirando a capa e a colocando sobre a beirada da cama.

- Descobriu algo? - Disse ele andando até ela, impaciente.

- Não consegui encontrá-la. - Disse ela em confusão.

- Como assim ? Você disse que iria encontrá-la, Astoria. - Vosiferou zangado.

- Eu sei desculpe, mas não encontrei. Pedi a um amigo de confiança que fizesse o favor. Mas ela simplesmente sumiu, sem localização. - Disse ela dando de ombros.

- Você está me dizendo que a minha companheira desapareceu? - Disse ele com as mãos na cintura.

- Eu não disse isso. Ela pode não querer ser encontrada. - Alegou Astoria.

- E por que motivo ela faria isso ?

- Eu posso enumerar uma lista inteira de motivos, o errado da história é você, o vínculo é uma coisa importante, Draco. E o que você faz ? - Ela fez uma careta. - Transou com a Parkinson. - Disse Astoria pegando cinco cartas escritas em cima da escrivaninha do rapaz.

- Eu sei que fui um burro.

- Sim você foi.

O loiro passou as mãos nos cabelos loiros quase brancos e suspirou pesadamente.

- Não se preocupe irei te ajudar. - Falou Astoria sentando-se ao lado do amigo. - Mesmo que você não mereça a Ambêr.

- Eu sei. Mas por que? Você poderia simplesmente não me ajudar.- Ele arqueou as sobrancelhas.

- Quero que ao menos você seja feliz.

- Por que diz isso? - Ele apoiou o corpo com os cotovelos.

A Greengrass levantou a manga de seu vestido preto de renda sutilmente e lhe mostrou a marca em sua pele. Não havia nome e nem sinal de que iria aparecer. Era como se não existisse alguém compatível com a morena.

- Como....

- Ele morreu. - Ela disse cobrindo a marca. - Quando o seu companheiro morre, seu nome desaparece e é substituído por uma marca avermelhada. Por isso quero que você e Ambêr fiquem juntos, é importante.

Draco olhou para a mulher ao seu lado e suspirou.

- Ela não vai me aceitar depois que descobrir sobre nós. - Ele apontou para ambos com um semblante triste.

- Por isso que é bem melhor contá-la o quanto antes. - Disse ela tocando sutilmente o ombro do rapaz.

- Não sei. - Ele mecheu os dedos nervosamente. - Seria motivo de outra discussão, e podemos dizer que Ambêr tem o grande poder de ganhar todas as discussões.

- Mas pelo ou menos ela teria a certeza de que não temos nada demais, posso dar minha palavra a ela. - Astoria disse preocupada.

- Talvez, eu a conte. Só talvez. - Ele considerou.

- Ótimo. Será o melhor. - Ela ajeitou a barra do seu vestido. - Mudando de assunto. Eu espero mesmo que caia na Sonserina ou na Corvinal. - Ela passou os olhos pelas pinturas do quarto.

- Não duvido que caia na Lufa-Lufa.

- Calado Malfoy. - Ela sentou-se novamente perto do loiro. - Seu pai ainda está bravo?

- Ele passa o dia inteiro dentro do maldito escritório bebendo whisky, e minha mãe fingi que nada aconteceu.

A morena rapidamente acenou e se despediu do amigo, apanhou a capa que estava bem dobrada e saiu pela porta.

L A R G O G R I M M A U L D

- Ah, Harry, que bom ver você! - sussurrou Molly, puxando-o para um abraço de partir costelas ( assim que entraram na grande casa) antes de afastá-lo e examiná-lo com um olhar crítico. - Você está parecendo meio doente; está precisando de boa alimentação, mas acho que terá de esperar um pouco pelo jantar. - Ela se voltou para o bando de bruxos atrás de Ambêr e cochichou pressurosa:

- Ele acabou de chegar, a reunião começou.

Os bruxos demonstraram interesse e excitação e foram passando por Harry ( que ficou paralisado) em direção à porta pela qual a Sra. Weasley acabara de sair. O garoto fez menção de acompanhar Lupin, mas ela o deteve.

- Não, Harry, a reunião é só para membros da Ordem. Ron e Hermione estão lá em cima, Ambêr irá junto, você pode esperar com eles até a reunião terminar, depois jantaremos. E fale baixo no corredor - acrescentou ela apressada.

- Por quê?

- Pare de perguntas, testa rachada, eu estou cansada, vamos logo. - Reclamou Ambêr puxando o braço do amigo que juntou suas mãos rapidamente.

Harry e Ambêr atravessaram o patamar encardido, giraram a maçaneta em forma de cabeça de serpente e abriram a porta. Deram uma breve olhada no quarto sombrio de teto alto em que havia duas camas; então ouviram um alvoroço seguido de um grito mais alto. Hermione se atirara sobre Ambêr em um grande abraço que quase a derrubou no chão.

- Que saudade ruiva. - Disse Mione, logo partindo para cima de Harry, animada.

- HARRY! Ron, ele está aqui, Harry e Ambêr estão aqui! Não ouvimos vocês chegarem! Ah, como é que vocês vão? Está bom Harry? Ficou furioso com a gente? Aposto que ficou, eu sei, as nossas cartas não serviam para nada... mas a gente não podia contar nada. Dumbledore nos fez jurar que não
contaríamos, ah, temos tanta coisa para lhe contar e você tem coisas para nos contar: os dementadores! Quando soubemos... e aquela audiência no Ministério... é um absurdo, procurei
tudo nos livros, eles não podem expulsar você, simplesmente não podem, tem uma cláusula no
Decreto de Restrição à Prática de Magia por Menores prevendo situações em que há risco de vida...

- Deixa ele respirar, Mione - disse a ruiva, abraçada no irmão (que relutava em sair do abraço )

Ainda sorridente, Hermione soltou Harry, mas, antes que pudesse falar, ouviu-se um farfalhar suave e alguma coisa branca saiu voando do alto do armário escuro e pousou
gentilmente no ombro de Harry.

- Edwiges!

A coruja muito branca abriu e fechou o bico e mordiscou com carinho a orelha de Harry, enquanto ele acariciava suas penas.

- Ela esteve muito nervosa - contou Rony. - Quase matou a gente.

- Deveria ter matado, pelo ou menos eu iria ser única e original.- Ambêr jogou os cabelos para trás.

- Se eu morrer você também morre sua burra.

- Não, se você morre, azar o seu.

- Somos gêmeos, Ambêr.

- Infelizmente sim, Ronaldinho.

- Não me chame assim, Ambêr. - Resmungou ele. - É humilhante.

- Sorte sua que Fred e Jorge ainda não escutaram. - Murmurou Mione.

Diário de uma Weasley Onde as histórias ganham vida. Descobre agora