70 | Talvez em outra vida [ Bônus ]

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A manhã amanheceu mais ensolarada naquele dia, as flores se abriram lentamente e os raios de sol foram tomando intensidade durante as horas. O Instituto abriu as portas às sete horas da manhã em ponto, os seguranças se colocaram um ao lado do outro na frente do portão assim que o portão de entrada se abriu.

Em cada respectivo andar as enfermeiras começaram a vagar pelos corredores com suas pranchetas em mãos, os telefones começaram a tocar na recepção sem parar alarmando que novas inscrições seriam feitas. Às dez da manhã, com poucos minutos para o horário do almoço, a velha enfermeira caminhou lentamente até o último quarto do corredor que estava isolado do resto do Instituto, ela parou na frente na porta.

Alicia Preston
Quarto 10

Quando sua entrada foi liberada ela passou pela porta a trancando, a jovem garota já estava acordada como em todas as manhãs, seu rosto em uma tonalidade pálida ela parecia não ter dormido.

- Bom dia Alicia, como acordou esta manhã? - Ela abriu sorriu sem vontade

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- Bom dia Alicia, como acordou esta manhã? - Ela abriu sorriu sem vontade.

- Como em todas as manhãs... entediada.

A velha olhou por baixo da lente dos óculos.

- Você tem tomado seus remédio Alicia?

A garota enrugou a testa.

- Para você é Preston...

- Você tem tomado os remédios Preston?

A enfermeira andou até a cômoda e puxou o pequeno pote de plástico que estava vazio. A garota sorriu singela.

- Estes remédios foram colocados aqui na manhã de ontem... o que você fez com os outros remédios Preston? - a enfermeira tremeu os lábios.

- Talvez eu tenha os jogado na privada, só talvez... eu não lembro com muita nitidez.

Alicia levou a mão no queixo e fingiu pensar.

- Terei que informar aos superiores sobre sua travessura. - Disse ela agressivamente. A enfermeira puxou alguns remédio de dentro do bolso de seu avental e a puxou pela boca a forçando engolir. Alicia tossiu e lhe lançou um olhar raivoso. Anotou com sua caneta rapidamente e passou pela porta se retirando.

Alicia a viu sair pela porta e logo as luzes se desligaram, ela sabia os efeitos que aquelas pílulas lhe causariam, ela sentiu seus olhos tremeram e a escuridão quis lhe buscar de novo

Tudo ao seu redor estava sombrio. Seus olhos ardiam como se estivessem em contato direto com sal, mas suas pálpebras estavam pesadas demais. A cama em que seu corpo indefeso repousava por muito tempo não é das mais cômodas. Seu cotovelo estava machucado por algo que ela não lembrava, seus joelhos estavam roxos e seu cabelo estava bagunçado. Ela não teve tempo para abrir os olhos e ouviu o ataque doloroso que a porta fez ao ser aberta. Ela abriu os olhos e eles vagaram pela câmara de contenção. Ela ficou assustada por alguns segundos. A porta branca com alguns desenhos medíocres, abriu-se num gesto violento. A mulher se assustou, seu corpo saltou no colchão, sua voz ficou rouca e seu peito se ergueu de repente. O enfermeiro alto e robusto entrou pela fresta da porta, segurando uma pequena bandeja de ferro na mão, onde algumas tatuagens podiam ser encontradas.

- Está acordada a muito tempo, ratinha ? Advinha? Tenho uma surpresa. - O homem másculo questionou em um tom ríspido, ele deu um sorriso perverso.

- Sr.Filippe, se retire, agora. Seus serviços não serão mais necessários.- A voz que ela tanto conhecia entrou pela porta, ela olhou para o médico a sua frente, que sorriu amável. Seus músculos relaxaram.

- Com licença, Sr.Blunly.

- Me desculpe, querida

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- Me desculpe, querida. - Ele passou a mão pela testa da mulher que se acalmou imediatamente. - Feche os olhos, meu bem. - Ordenou ele, porém, ela não obedeceu. Ela sabia exatamente o que iria acontecer.

Seu braço foi grosseiramente agarrado pelas enfermeiras ao lado dele, e o médico à sua frente sorriu tristemente e estendeu a mão para a seringa na bandeja de ferro. O corpo da mulher se contorcia rapidamente na cama, ela estava desesperada, ela não queria isso. Ela não teria para onde fugir, não tinha saída, nem mesmo uma porta de escape.

Não queria

Nunca quis

A velha enfermeira segurou seu braço deixando uma de suas veias em evidência, Alicia lançou um olhar suplicante a Tom que sorriu tristemente apanhando a seringa em suas mãos. Ele segurou seu braço carinhosamente e a aplicou o remédio lentamente. Ela gritou. Aquilo queimava. Em segundo o antídoto da fazia efeito, ela se sentia mole e mais calma, por isso ela odiava aquelas pílulas, elas tinham um efeito horrível sobre ela, a deixavam calma, até demais.

- Retirem-se todos. - Tom Blunly ordenou.

Logo todas as enfermeiras que estavam ali para ver os grito da garota saíram pela porta rapidamente.

- Você está melhor? - Ele passou a mão por sua testa.

- Eu estou com cara de quem está se sentimento melhor? - Ela falou em um tom monótono, mas ele sabia que suas palavras eram espinhosas.

Ele suspirou e deixou o óculos de lado.

- Você sabe que é necessário ficar calma em situações como essa. Não quero que a enfermeira titular tenha que chamar outro médico para fazer isso de novo... você sabe como eles são.

Ela concordou com a cabeça. Eles eram uns monstros, abusadores e estrupadores da pior espécie que se aproveitam das internas da forma mais suja que se pode imaginar.

- Em breve tirarei você daqui. Não me importo se o Presidente mandar cortar minha cabeça por isso Alicia, viveremos juntos.

Ela sorriu tranquila.

- Eu sei Tom, sei que está lutando para isso, mas não consigo suportar essa enfermeira idiota anotando até o número de respirações que dou. - Ela resmungou.

Se seu pai a colocou aqui, por que toda essa vigília? Ela sempre foi uma garota muito esperta e quando sua mãe morreu em um acidente de carro tão derrepente como aconteceu, ela não demorou muito para juntar as peças e descobrir as reais intenções do pai. E como as coisas fugiram do seu controle, ele acabou se livrando da filha alegando a insanidade da garota.

Ele sorriu e deitou-se do seu lado.

E quando conheceu Tom tudo mudou, um médico já formado, recém formado no doutorado da área havia sido contratado a pouco tempo pela Instituição, não teve muitas dificuldades em criar uma amizade com o homem e logo em seguida um caso.

- Durma, a noite ainda está longe. - E por incrível que pareça suas palavras tiveram efeito. Seus olhos rapidamente pesaram e ela se entregou a escuridão do seus sonhos. Onde mais uma vez, por mais estúpida que fosse sonhava com um mundo mágico onde ela podia de certa foram ficar com o amor da sua vida. Nem que pra isso ele tivesse que se chamar Draco

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Depois de anos escrevendo Diário de uma Weasley, confesso que o final do nosso livro chegou, agradeço a todos os leitores que estão comigo desde o começo, meus eternos patinhos! Até uma próxima história! E lembrem-se em algum universo Ambêr e Draco vão ter cinco filhos e um cachorro.

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