55 | Novo animal selvagem

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Tudo parecia calmo, até demais para compensar os estragos que as coisas viraram depois da fuga de Dumbledore. Umbridge tem sido ainda mais cruel, as punições têm ficado mais pesadas ainda, a mulher cor de rosa tem obrigado ao alunos da Armada de Dumbledore a passar por torturas com a pena de sangue, sem se importar se crianças estavam envolvidas. E o pior era que, enquanto os alunos sofriam com a tortura, a diaba rosa ficava sentada em sua grande cadeira de ouro, sorrindo animada como se aquilo fosse um presente divino ou um show de talentos.

Por outro lado, Ambêr e Draco estavam neutros - nem brigando, mas também não se falando. Ambêr resolveu dar um tempo e cuidar de si mesma, já que seus amigos e companheiro enchiam a cota de estresse da ruiva.

Ambêr parou ligeiramente de escrever quando sentiu algo entrar rapidamente em seu bolso, ela soltou a pena especial em cima do pergaminho, e abriu o bolso para verificar, ela se assustou com o que viu.

Havia uma pequena doninha enrolada em seu bolso, era totalmente branca, com os pelos seriamente macios e os olhos azuis intensos. Em suas patinhas miúdas um pequeno vidro de poção que parecia bem pesado, o pequeno bicho olhou para ruiva e entregou o vidrinho, a garota arregalou os olhos com o ato e recebeu o vidro, Poção Cura Feridas, estava fechado e rotulado. A ruiva sorriu abertamente quando fez as peças se juntarem em sua cabeça. Guardou a poção para que quando terminasse pudesse se curar rapidamente, enfiou a mão no bolso e fez um leve carinho no queixo da doninha em forma de agradecimento.

Acabado as longas horas de tortura, todos os alunos foram liberados dando de cara com a causadora de toda aquela dor - Cho Chang. Ambêr apenas não entendia, como uma pessoa que se dizia ser amiga, os entregou assim tão fácil. De bandeja ao inimigo.

Ambêr apressou os passos, caminhou o mais rápido que seus pés permitiram, ao chegar em um canto escondido e escuro ela retirou com cuidado a doninha que fez um som agudo por ser acordada. A ruiva riu ao ver as sombrancelhas da doninha arqueadas, ela imaginava perfeitamente ele fazendo aquilo. Ela riu internamente.

- Não sabia que já tinha descoberto sua forma animaga. - Ela disse um pouco mais baixo. - Deve agradecer Moody por isso. - Ela debochou.

A doninha a olhou seriamente enquanto tentava se segurar em seu colo, já que seu tamanho era duvidoso para aquele espaço.

- AMBÊR. - A garota se virou rapidamente para o lado e viu Harry vindo em sua direção com uma expressão melancólica. Ele parecia preocupado. Sua mão estava envolvida em um pedaço minúsculo de pano, parecia ter sido improvisado.

- Olá Hazz. - Ela cumprimentou o garoto tentando esconder a doninha em seu bolso, mas Draco não estava nenhum pouco afim de ser escondido.

- Só queria perguntar se está se sentindo bem...... sabe, dá última vez Dolores não foi muito legal. - Ele afrouxou a gravata, parecia nervoso por esta na companhia da sua crush de infância.

- Ah claro, eu estou ótima. Obrigada pela preocupação. - Ambêr decidiu segurar a doninha que parecia querer pular para cima de Harry, e rasgar seu fígado.

- Não sabia que tinha outro bichinho de estimação. - Harry olhou para a doninha que agarrou o dedão de Ambêr, virando-se de costas para o moreno como se não quisesse conversar com ele.

- Ahhh....err.... sim eu ganhei de uma amiga. Um presente sabe. - Ela disse monótona. Ele sorriu. Harry estava muito confiante, então resolveu tentar a sorte, deu leves passos na direção da ruiva que nem percebeu pois teve que dar um tapa na doninha, ela estava estressada. As costas de Ambêr se chocaram com a parede, somente aí ela percebeu o quão perto Harry estava. A doninha pareceu se irritar com isso pois largou o dedão de Ambêr. Harry colocou a mão na bochecha de Ambêr que estava paralisada pronta para recusar o beijo. Talvez até mesmo experimentar.

Harry derrepente soltou um gemido de dor e se afastou ligeiramente da ruiva. Ambêr não sabia se sorria ou ajudava o amigo. A doninha estava com os dentes cravados na mão do moreno que balançava ela no ar, querendo se livrar da dor aguda.

- Merda. - A ruiva correu, saindo de seu lugar e puxou o pequeno animal para de seu colo, a doninha subiu até seu ombro e se equilibrou ali. - Sinto muito mesmo, Harry. Ele é meio selvagem, mil perdões. - Ela disse analisando o ferimentos que pingava sangue.

- Está tudo bem, vejo que ele não foi com a minha cara mesmo. - Ele finalizou, sorrindo amarelo.

- É realmente. - Ambêr repreendeu Draco pelo olhar. - Acho que Madame Pomfrey consegue dar um jeito nisso, e de quebra ainda consegue curar sua mão enfaixada.

- Tem razão, nós vemos por aí. - Ele se despediu e logo se retirou rapidamente, ele estava completamente envergonhado.

- Tá maluco? Você poderia ter arrancado o dedo dele. - Ambêr pegou o animal no colo e o sacudiu.

✔︎


Todos estavam apreensivos e nervosos com a chegada dos NOM's. No começo do dia, logo após o café da manhã Umbridge reuniu todos os alunos em uma imensa sala com mesas e cadeiras enfileiradas, dez minutos depois foi dado início às provas. Graças a Hermione, a ruiva tinha passado duas semanas inteiras estudando e revisando os assuntos para as provas, sem se importar se estavam sendo torturadas. Hermione com toda certeza não era uma professora muito calma.

A ruiva se obrigou a olhar para a frente e não se surpreendeu ao ver a mulher de rosa sentada em sua cadeira gigante tomando uma xícara de chá. Ao lado de Ambêr, Anna parecia que iria ter um ataque de nervos de tão apreensiva que estava, não muito diferente de Thomas que suava frio, girando a pena nas mãos.

Um estrondo muito forte foi ouvido do lado de fora do castelo, no início Umbridge pareceu ignorar o barulho esquisito, que só aumentou. Na medida que a paciência da mulher ia se esgotando o barulho aumentava cada vez mais.

Todos os alunos acompanharam com os olhos curiosos enquanto a velha se levantava de seu acento e andava até a grande porta. Assim que a porta foi aberta um feixe de luz invadiu o local logo se estourando no ar. Ambêr não precisou de nenhum segundo para saber que aquilo era obra de seus irmão mais velhos. Sentiu orgulho.

Fred e George entraram na sala montados em vassouras atirando fogos e bombas pelo ar, as diversas folhas que estavam arrumadas para os devidos alunos voaram pelo ar se explodindo em mil pedaços, Ambêr rapidamente subiu em cima da mesa e assobiou para os irmãos que jogam um dos fogos em direção a irmã que logo capturou. A ruiva nem precisou de tempo pois arremessou no ar com toda a força que tinha formando um imenso W no ar, sentiu o glitter caindo em sue cabelos e deu uma risadinha contente.

Os feixes de luz que antes estouraram agora perseguiam membros da Brigada Inquisitorial, e Ambêr não pode negar foi divertido ver o companheiro entrar em desespero. Assim que Umbridge se recupera, pronta para gritar com os dois..... eles lançam no ar um imenso feitiço de fogo que se transforma em dragão, o mesmo não perde tempo e persegue a sapa rosa que entrar em desespero. A ruiva já satisfeita limpou as lágrimas que caiam de seus olhos.

- Isso foi maravilhoso. - Disse Astoria se abanando com um dos papéis que achou pelo chão.

Por fim Fred e George saem voando para o pátio do colégio - que até aí estava vazio, e lançam mais e mais fogos até todo o céu ficar iluminado e o chão coberto de glitter.

Diário de uma Weasley Onde as histórias ganham vida. Descobre agora