60 | Fugitivos

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Se Ambêr pudesse buscar uma única palavra que descreve-se as últimas semanas, com toda certeza seria - cômica. Se você pensou que o episódio anterior foi pior não imagina o que a ruiva passou na mão da família duvidosa. Para ter uma ideia do que é sofreria e dor, não procure escutar músicas trouxas sobre traição, se quer realmente ver a dor de um psicológico quebrado, decepcione sua família.

Vamos começar por Ginny Weasley, a filha mais nova dos Weasley consequentemente a mais mimada, sempre fora apaixonada no menino que sobreviveu, sempre tivera esperança de que seu sentimento quase o obsessivo fosse correspondido. Assim que descobriu seu elo de companheirismo com o rapaz, não mediu esforços para eliminar a rival, ela nem se quer se importava se essa rival era a própria irmã.


Harry Potter por outro lado estava dividido entre o amor e o elo que o prendia a Ginny, é claro que seu fetiche insano por ruivas podia ser muito bem saciado por Ambêr ou Ginny, mas a questão era. Qual das duas escolher? Logo depois da descoberta que dividiu a família, ele não mediu esforços parar esconder a decepção, causando uma briga com a própria companheira.

Ambêr Weasley estava em uma situação de dar pena, além das dores psicológicas que sentia diariamente, ela ainda era submetida a isolamento e ignorância. Ser excluída da família, ainda mais quando você nasceu com amor e carinho de sobra. A única coisa que a alegrava havia sido uma carta que havia sido escrita para seu companheiro a dias atrás, uma carta ainda não enviada.

Querida Doninha

Sei que lhe prometi escrever com mas frequência durante as férias, me desculpo por isso, passei o resto das férias com a presença da solidão - não recomendo. Como já imaginávamos, minha família, se é que posso chama-los assim, não reagiram muito bem a notícia catastrófica. Posso lhe dizer que seus pais reagiram bem melhor. Astoria já deve ter lhe informado do acontecimento com maldita poção da verdade, foi horrível.
Atualmente estou trancada em meu quarto como uma fugitiva da lei, sendo vigiada por meus irmãos 24hrs por dia, como se a qualquer momento fosse jogar uma bomba e explodir a casa.
Espero que encontre um tempo vago para conversarmos, sei que anda ocupado sobre o assunto do cancelamento do casamento com Astoria. Beijos thuribaby.

Ambêr Weasley


Ela sabia que Draco Lucius Malfoy não era um garoto fácil de lidar, aprendeu isso durante o pouco tempo de convivência com o loiro. Sabia que ele era apenas um garoto influenciado pelas ações horrendas do pai. Sabia que estava envolvida com ele, e que não poderia mas se desvencilhar. Nunca imaginou que estaria nutrindo sentimento por um Malfoy.

Um som rouco que invadiu o quarto por meio das batidas incessantes que a madeira ro quarto recebia. Ambêr saiu de seus devaneios e guardou a carta em baixo da mesa em uma tábua falsa.

- Pode entrar.

A ruiva disse devagar. A porta foi aberta, porém Harry permaneceu parado na entrada com um olhar morto ou talvez triste. Ele fixou estático, a olhando.

Ela arqueou as sobrancelhas.

- Você tem visita. - Informou ele encarando o chão. A ruiva nem se quer se importou, apenas estranhou.

Harry deixou a porta aberta dando entrada para quem quer que fosse. Derrepente o cheiro inebriante do seu companheiro invadiu suas narinas, a deixando levemente extasiada. Astoria apareceu na porta com um sorriso levemente animado.

- Olá Bibi.

A morena abriu os braços — a chamando para um abraço. Astoria estava com uma calça jeans azul escura larga, um blusa comum com seu nome escrito em negrito no meio, e ao seu lado uma pequena bolsa.

- Ast.

A ruiva puxou a amiga para um abraço apertado que foi inteiramente retribuído. Os cabelos de Astoria estavam mais longos e mais escuros, mais bonita.

- Como conseguiu que deixassem me visitar?

- Fred não é uma pessoa muito forte em questão de manipulação. Estávamos com saudade. - Disse ela fechando a porta atrás de si.

Ambêr encarou a amiga. Ela desceu seu olhar juntos com as mãos de Astória  que enfiou a mão dentro da bolsa com cuidado.

- Ast?

A morena nem se quer respondeu, ela tirou um animal peludo de dentro da bolsa.

- Vocês são loucos. - Disse Ambêr puxando a doninha para seu colo.

- A ideia foi dele. Se forem brigar me deixem fora disso. - Disse Astoria de braços rendidos. - Qualquer coisa, estou estreando a cama de molas do Fred. - A morena sorriu marota e saiu do quarto.

Ambêr o apertou com toda força possível. Era maravilhosa a sensação de está com alguém que realmente se importava com seu bem-estar, quando a pouco minutos atrás estava tão solitária.

Ambêr soltou a doninha quando ouviu um som agudo de dor, provavelmente se sentindo a asfixia que ela provocou. A ruiva o colocou em cima da cama e o viu cair em cima das almofadas.  

A ruiva buscou a varinha rapidamente nas gavetas da sua cômoda, ela a apontou para o companheiro e fez um movimento displicente e logo viu a doninha se contorcer em cima dos lençóis brancos.

Logo a pequena doninha se transformou em um loiro pálido, alto e vestido em um terno preto bem amassado, ela riu.

- Se soubesse que estava com tanta saudade de mim, teria vindo antes. - Ele arrumou a gravata.

Draco sorriu abertamente e puxou Ambêr para seus braços, a apertando. Ele passou o nariz pelos cabelos da ruiva, carinhosamente. Ela sorriu, passou seu nariz pelo pescoço nu do rapaz e inalou seu perfume amadeirado inconfundível.

- Pensei que havia se esquecido de mim, honey. - Comentou ele debochado.

Ela sorriu marota, ela passou a mão delicadamente por suas vestes e retirou a carta que havia escrito. Os olhos azuis-acinzentados brilharam.

- O que veio fazer aqui?Além de me visitar. - Ela jogou a carta para o lado e se jogou em cima da cama.

- Astoria me disse do que fizeram com você. - Draco contorceu suas expressões. - Sabe que se quiser a Del'Rei, resolve. - Ele murmurou rapidamente.

- Apesar de estar com raiva da minha família, não quero que uma chacina seja feita. - Ela riu.

- Por isso eu tenho um plano B.

____

E novamente Ambêr sentiu seu estômago revirar, permaneceu calada e de olhos fechados com um de seus braços agarrados na cintura de Astoria. Ela abriu os olhos lentamente, e logo teve a visão da Mansão Trouxa dos Malfoy. Ambêr não imaginava que estaria ali novamente em tão pouco tempo, belas lembranças a atingiram com intensidade. Astoria se prontificou, e puxou Ambêr e Draco para dentro da Mansão.

A alguns minutos atrás eles haviam fugido da Toca, o plano grandioso de Astoria havia dado certo, Draco havia "sequestrado" Ambêr enquanto Astoria conseguia a atenção da família Weasley, com uma palestra de dez minutos de como um ar-condicionado, realmente funcionava.

Ambêr estava finalizando bem, com alguma das pessoas que ela mais confiava

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