51 | Lembranças

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Ambêr foi a primeira a tomar banho naquela manhã ensolarada, após receber alta, seus cabelos ruivos ensopados de água molhavam sua pele já seca, seu corpo enrolado com um toalha fina e seu pulso enfaixado com muitos curativos. A ruiva passou um tempo olhando para os próprios pés, decidindo se iria ou não sair do quarto. Logo após vestir uma simples calça jeans azul acompanhada de uma blusa preta de alça e sua jaqueta vermelha, ela esperou Anna pentear seu cabelos que de acordo com ela estavam embaraçados, sentou-se na escrivaninha e pegou um pergaminho.

Querida Tonks

Espero que esteja bem, a primeira semana aqui foi horrível, estou realmente feliz que o fim de semana tenha chegado. Temos uma nova professora de Defesa Contra a Arte das Trevas, a Profa. Umbridge. Ela é
quase tão simpática quanto Lucius Malfoy. Estou lhe escrevendo porque quero lhe manter informada sobre minha situação com o D.M ( assim como você pediu ). Estamos tentando entrar em um acordo, ainda sem resultado.
Estamos todos com saudades, e gostaríamos de lhe ver novamente.
Responda logo, por favor.
Tudo de bom, espero que estejam sentindo minha falta.

Ambêr Weasley. 

– Já podemos ir Anna? Tenho que passar no corujal, mais vai ser coisa rápida. – Informou Ambêr dobrando a carta com os dedos.

– Eu encontrei meu companheiro. – Disse Anna sem olhar para a amiga.

– O que? Como? Quando ia me contar?

– Aconteceu muito rápido, foi em um dos bailes de sangue - puro, eu estava dando uma volta no jardim quando minha marca começou a doer, pensei que era mais uma letra que estava se formando mas quando fui olhar já tinha formado um nome.

– E nos conhecemos? – Ambêr quis saber.

– Você não.

– Mas se você encontrou seu companheiro. Isso é uma coisa boa, não é ? – Ambêr cruzou os braços.

– Não, não é. – Ela sentou-se se sentindo frustrada 

– Por que ? – Ambêr perguntou rapidamente.

– Ele é um comensal da morte, Ambêr.

O silêncio derrepente tomou conta do quarto, a ruiva encarou as cortinas de sua cama tentado raciocinar.

– De todas as coisas do mundo, ter uma alma gêmea que é um comensal da morte, é concerteza uma das mais estranhas. – Ambêr tentou descontrair.

– Otávio Bichorry........ meu nome não combina com Bichorry. – Resmungou Anna. A ruiva sorriu satisfeita.

– Ele já matou alguém?

– Acho que não, por que ?

– Já sabemos que vai mandar no relacionamento. – Ambêr sorriu divertida e pegou a carta ao lado. A ruiva desceu as escadas de caracol pulando em dois degraus, passou pela buraco da parede e correu até o corujal.

O ar soprou violentamente em seus cabelos bagunçados fazendo um arrepio subir por sua espinha, a ruiva olhou em volta a procura da pequena coruja de Ron, ou até mesmo Errol.

– O que faz aqui, pimentão? – Uma forte dor tirou Ambêr de seus pensamentos, a ruiva levou a mão ao ombro e resmungou.

– O corujal é um lugar público aos alunos da escola, não sei se percebeu. – Ambêr bufou e caminhou até Errol que pousou no corrimão, a coruja se levantou-se após um tombo feio e agarrou a carta com o bico.

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