𝕻𝖗𝖔𝖑𝖔𝖌𝖔

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⚠️ O Capítulo contém 2

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⚠️ O Capítulo contém 2.881 palavras⚠️

Flamel Scarter, o conceituado cientista, atravessou as pressas quase que cambaleando o arco arredondado do mausoléu, carregava consigo seu tesouro, talvez o único tesouro que poderia despertar tanto interesse em pessoas importantes que levavam uma vida oculta. Seus pés, passo a passo, batiam contra o assoalho de mármore e o barulho ecoava por toda a estrutura do monumento.

Ouviu um disparo ser desferido e um grande eco explodiu em sua cabeça, fechou os olhos imaginando se o tiro foi em sua direção, isso o fez desequilibrar e desabar em uma queda.  Quando caiu, deixou a maleta preta a qual abraçava, escapar de seu agarre, tudo o que ouviu foi o eco de uma sonora gargalhada fria e mal intencionada, descobrira que o disparo foi feito ao alto e não contra si. O que lhe rendeu um quase imperceptível suspiro de alívio.

— Não adianta fugir, irmão.  Entregue a maleta e talvez, só um talvez, ele, o deixe viver. — A silhueta a sua frente revela a imagem de um homem endemoniado, empunhando uma arma de fogo. Ao seu lado, um espectro assombroso lhe encarava imóvel, como um guarda costas mas, Flamel sabia que aquela figura, obedecia ordens assassinas. Foi quem ajudou a projetá-lo.

— Já lhe disse, o que quer, não é real, toda a experiência foi um fracasso.

— Mentiroso. Sua experiência para o governo sim, mas a particular é um sucesso. Eu sei que esteve trabalhando em sigilo e o governo não sabe o que você fez, seu desgraçado inteligente, filho da mãe. — O homem estava convicto ao que dizia e seus olhos revelavam uma certa chama através de um brilho fantasmagórico.
— Acha que pode brincar de Deus, sem dividir suas dádivas? Não passa de uma marionete desse governo omisso, que constrói castelos e constituições em cima de grana lavada e sangue de guerrilheiros, é só olhar ao redor para constatar os fatos. — Abria os braços gesticulando,  fazendo jus ao formato da cruz que cruzava o salão do Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32. O cientista sentiu a adrenalina percorrer-lhe as veias, reparava como denotava em desprezo, pelo tom de cada relato de tempos passados, da qual o homem parafraseava. Sir Salomão sabia de muita coisa e detinha informações sigilosas. Flamel mantinha o silêncio e um olhar pasmo, por mais que sua feição fosse de dureza, sabia que estava diante de sua morte. — É um segredo pelo qual está disposto a morrer, Scarter? — Sir Salomão fez um sinal com a mão para que seu subordinado agisse.

O vulto preto se moveu, lançando uma espécie de corda inflamada por chamas, a qual se enrolou ao tornozelo do geneticista. Sentia a pele derreter e uma dor lhe martelar o cérebro. Gritava mas nada faria o torturador parar, a não ser, as ordens de Sir Salomão. Ele fora criado para isso para obedecer ordens e para exterminar seu alvo e naquele momento, Flamel era o alvo. 
— A Criatura se volta contra o criador. — Sir Salomão sorria em escárnio. — Veja o que você projetou, meu amigo, Flamel. — Disse, tocando com tapas complacentes no peito e ombros do assassino que não esboçava nenhuma expressividade como um humano. Ele não era um humano, pelo menos, não enquanto estivesse dentro daquele ultraje poderoso feito de metal, o que se tornara mais precioso e resistente do mundo, o Lander.

𝕺 𝕱ragmento 𝕻erdidoWhere stories live. Discover now