𝕺 𝕱𝖗𝖆𝖌𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔 𝕻𝖊𝖗𝖉𝖎𝖉𝖔
Pérola Scarter leva uma vida normal na agitada cidade de São Paulo. Sua vida é marcada por fortes acontecimentos, ainda assim, tenta esquecer o passado e seguir em frente.
A morte de seu pai, um famoso cientista...
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Me remexo sobre a cama sentindo meu corpo pesado demais para movê-lo sem dificuldades.
— Oi, meu amor. — Ouço a voz de Simone.
— Oi, isqueirinho ambulante. Como está se sentindo? — Abro melhor os olhos para ver se não estou imaginando coisas da minha cabeça.
— Andrei? O que faz aqui? — Mesmo ainda muito sonolenta o reconheço.
— Sabe como é? Eu estava passando pela rua sem nada a querer e de repente eu vi que estava rolando um happy hour entre três mulheres então, resolvi parar para dar um oi. — Ele explica fazendo uma piada com a situação. Mas estou debilitada demais para entender ou rir. Eu acho que não entendi.
— Sua irmã o mandou para lhe levar para casa.
— É verdade. Essa história de happy hour, não é muito convincente, admito. — Sorrio fraco e Andrei retribui.
— Cadê aquela mulher? Quem era ela? O que queria?
— O nome dela, como você mesma escutou, é Nashia Barkov. — Simone se pronuncia. — Ela é uma espiã da Rússia.
— O que eu fiz para deixar uma espiã da Rússia tão zangada comigo?
— Ela não estava zangada com você. Só que, espiãs como Nashia fazem coisas por dinheiro. Elas servem aos seus países.
— Ou ainda, por algum interesse próprio. E, ainda, para algum outro país que não seja respectivamente, seus países de origem. — Completou Andrei, deduzindo ou insinuando algo, novamente.
— Espiã prestando serviços à outro país? Eu não compreendo muito mas já tinha ouvido falar desse tipo de emprego. O emprego da morte. Parece que nem pagam direitos adicionais insalubres. Um horror. Só alguém muito louco para aceitar esse tipo de trabalho, o mesmo que fazer um pacto com o diabo.
— Eu concordo contigo, minha Pérola preciosa. — Simone diz revelando um riso fatigado mas pareceu ter achado graça.
— Ao menos, entende de direitos trabalhistas, olha aí. Essa é a minha cunhadinha que eu amo. Esperta que só ela, depois da Bella, é claro. E, da minha noiva. — Andrei diz aos risos, passando a mão pela minha cabeça em um gesto amigável, o gesto que pratica desde que eu era pequena.
Eu lhe olhava o repreendendo por dizer que minha filha de dois aninhos é mais inteligente do que eu. Se bem que, ele não está dizendo mentiras. Tenho minhas dúvidas quanto a isso.
Sobre Florence, óbvio que jamais discordaria de que seja infinitamente mais inteligente do que a irmã caçula. Inteligência e Saber são seus super poderes. Expelir fogo não quer dizer muita coisa, ao que parece. Posso ser uma fonte inesgotável de alto Q.I mas também, posso ser uma besta fera, apenas. E, acho que no meu caso, é a segunda opção. O alto e poderoso Q.I está com as outras mulheres da casa Scarter.
