𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 29 ● 𝔓𝔢𝔯𝔬𝔩𝔞 𝔖𝔠𝔞𝔯𝔱𝔢𝔯

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⚠️ O capítulo contém 2.888 palavras⚠️

— Sestra tem razão, você é a rainha do atraso

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— Sestra tem razão, você é a rainha do atraso. — Esmey resmunga vindo em minha direção ao me ver entrar pelas portas do aeroporto.

— Ainda faltam vinte minutos para o voo, sua maluca.

— O combinado era chegar 1:00 hora antes.

— Pérola é mãe, Esmey. Você não entende o que é ser uma mãe e ter um filho para amamentar, dar banho, trocar fralda e, acalma-lo antes de sair de casa porque o catarrentinho ficou chorando esperneando ao chão. — As palavras debochadas vem dele, Nolan. O amigo sem noção e bocudo que sempre diz o que quer. Ele está zombando, repetindo palavras das quais eu sempre usei para justificar tudo na minha vida. E, claro, nunca foi mentira. Quem tem filhos, sabe como é isso.

— O motivo não foi a Bella Ivy, Nolan. Não dessa vez, mas obrigada por expressar todo o seu deboche para nós. Uma performance digna de uma diva do funk. — Reviro os olhos e ele sorri.

— Vamos para o portão, ele já abriu. — Esmey me puxa.

Andamos com um pouco de pressa até o final do imenso aeroporto. Antes de passar pelo corredor apertadinho, meu olfato captou as notas de seu perfume.

— Pérola... — A voz de Simone foi ouvida. E senti minha estrutura estremecer. Só essa mulher me causa essa sensação.

Nickayla, Eltom e Nolan se entreolharam com um meio sorriso nos lábios, Esmey, nem tanto. Ela sabia o que se passava e não apoiava as atitudes de Simone.

— Oi, professora.

— Pérola, vamos parar com essa formalidade, por favor?

— Só estou cumprindo o combinado. Informalidades eram apenas entre quatro paredes onde tivessem apenas nós duas. Esqueceu?

— Estamos apenas nós duas aqui. — Gesticula olhando ao redor, comprovando que não há ninguém  próximo a nós. Mesmo assim, endireitei a mala dando de ombros e continuei arrastando suas rodas pelo piso. — Estou falando com você. Somos duas adultas, pare de fingir que está no ensino fundamental. Estuda na Universidade, a Bella quem estuda na creche. — Eu ergui meus olhos no total desdém e um riso debochado surgiu em meus lábios.

— Fala, o que a senhora quer? Estou lhe ouvindo. — Paro bruscamente batendo a mala contra o piso e o barulho bruto reverbera pelo ambiente apertado.

— Não me chame de senhora, já pedi para não usar a formalidade. Deixe para me chamar de senhora quando casarmos. — Ela diz risonha e eu quase me engasgo com a própria saliva. Estava sentindo meu rosto queimar e sabia que muito provavelmente eu estava toda vermelha de vergonha.

— Isso era no nosso momento íntimo. Qual a sua dificuldade em entender isso? Se não temos mais intimidades então, sobrou apenas a formalidade entre nós. Só estou cumprindo o dever de aluna. E, jamais iremos nos casar. — Não devo ter dito isso tão sério quando senti que amei quando a professora disse sobre a gente casar.

𝕺 𝕱ragmento 𝕻erdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora