𝕺 𝕱𝖗𝖆𝖌𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔 𝕻𝖊𝖗𝖉𝖎𝖉𝖔
Pérola Scarter leva uma vida normal na agitada cidade de São Paulo. Sua vida é marcada por fortes acontecimentos, ainda assim, tenta esquecer o passado e seguir em frente.
A morte de seu pai, um famoso cientista...
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A festa ia rolando e eu tentava me esquivar de várias pessoas das quais eu não queria ter que ser receptiva. Consegui um minuto de distração e escapei do salão de festas subindo ao terraço. A tarde estava caindo, aquele espaço parecia ser tudo o que eu procurava, calmaria total. Só a cidade de São Paulo abaixo dos meus pés em uma vista deslumbrante. De lá, era possível enxergar um formigueiro de pessoas pelas ruas, acampando em frente ao edifício.
Rolei minhas vistas ao redor e avistei um hangar. Tão espaçoso que caberia umas três aeronaves estacionadas.
— Espero não ter chegado tarde demais para lhe dar as felicitações ou seria, condolências...?
Me virei para de onde vinha a voz e não poupei poder de fogo. Deixei que as chamas viessem até as pontas dos meus dedos e lhe direcionei chamas.
— Não precisava ter vindo, não é bem-vinda aqui. — Falei rancorosa.
— Imaginei que dissesse isso. Vamos recomeçar, outra vez. Eu sou…
— Não te perguntei absolutamente nada, e não me interessa o que tem a dizer. — Parti para cima da mulher lhe empunhando um soco flamejante. Ela, por sua vez, se defendia muito bem. Era rápida e habilidosa.
— Mas que falta de educação, acho que não te ensinaram a como ser uma boa anfitriã com os convidados.
— Você não é uma convidada, é uma intrusa e criminosa. E, não por acaso, quero muito matá-la.
— Quanto rancor, garota das chamas. Eu não queria lhe deixar tão zangada. — Nashia Barvok sorria debochada.
— Quando eu terminar, Sir Salomão Pendragon vai descobrir que precisará preparar outro enterro para mais uma filha. — Por um instante, Nashia Barkov paralisou. Torceu o cenho e eu dei de ombros.
— Acha que a culpa é minha? Simone estava impedindo muita coisa e inclusive, ela estava sendo uma pedra no sapato de algumas pessoas. Eu não queria que soubesse dessa forma, menina. Mas, as pessoas que estão ao seu lado, não são quem você pensa que são. Eu só vim aqui lhe entregar isso. — A mulher retirara um envelope de sua jaqueta de couro e tentara entregar em minha mão. — Se não se importar, isso aqui é frágil ao calor. — Indicou as minhas mãos que estavam repletas por chamas ardentes. Claro que era para que eu me livrasse do fogo.
— Mas, e você, é frágil ao calor, também? — Não me importei com nenhuma palavra que a mulher havia dito. Isso chamou a sua atenção mas não teve tempo para dizer mais nada porque foi necessário desviar de meus golpes. Nashia rolou de um lado a outro até conseguir uma brecha para colocar seus excelentes golpes contra mim. Eu tinha dificuldades em desviar ou defender até que, ela, novamente, bloqueou minha habilidade usando seus truques.
— Não estou aqui para machucá-la, garota. Alguém tem interesse em te abrir os olhos, veja a verdade, se dê essa oportunidade. Simone era uma idiota que, sabia onde estava se metendo. Ela deveria ter sido honesta com você e contar toda a verdade, mas, nem mesmo ela foi valente para isso. Ela se comportou como todos os demais. Todos prometem proteção mas na verdade, eles dão a você e a sua filha, apenas a prisão. Aí dentro está a sua liberdade. Faça a sua escolha.
