𝕺 𝕱𝖗𝖆𝖌𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔 𝕻𝖊𝖗𝖉𝖎𝖉𝖔
Pérola Scarter leva uma vida normal na agitada cidade de São Paulo. Sua vida é marcada por fortes acontecimentos, ainda assim, tenta esquecer o passado e seguir em frente.
A morte de seu pai, um famoso cientista...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Chegamos a casa de Zola, entramos e eu já estava tendo que me esquivar do olhar analítico da anfitriã que me fitava como uma predadora. Isso me deixa desconfortável e quero muito ir embora.
— Onde está a minha filha? — É a primeira coisa que digo antes de um simples cumprimento formal. Na verdade, nem consigo agir normal com a mulher que diz que me colocou no mundo.
— A rebeldia agora vai ser declarada através de símbolos espalhados pelo seu corpo? — Zola, colocou seus olhos em cima da minha tatuagem e sua expressão facial carregava muito domínio em zombaria.
— Já que perguntou, a verdade é que não se trata de rebeldia, e sim resistência e controle. — Pensei que não usaria a mensagem para ninguém, mas vejo que o ato de mostrar controle é necessário.
— Então, uma tatuagem é seu poder de controle?
— Realmente o efeito da mensagem através da tatuagem fala por si só. Acabo de constatar. — Termino de falar e dou de ombros indo procurar a minha filha.
— Vocês duas vão mesmo brigar, agora? — Florence fala na intenção de cessar a confusão.
— Não. Se Zola quiser, que brigue sozinha.
— Permitiu que a sua irmã mais nova, fizesse uma tatuagem simbólica? — Zola segura o braço de sua filha mais velha.
— Pérola é de maior, faz o que bem entender. Não acha? E não tem nada de simbologia, é só uma tatuagem, dona Zola. Vaidade de jovens. — Minha irmã suspira impaciente.
— Não me engane, não nasci ontem! É um símbolo, está nítido. — A mulher ergue a voz. — Onde eu errei, Florence?
— Mãe, por favor... — Florence tenta o desvio mas Zola, não quer deixá-la ir. Eu realmente sinto pena pela minha irmã ter que aguentar essa mulher.
— Onde você errou? — Volto com minha filha nos meus braços, Bella ainda dormia.
— Pérola... Não dê continuidade a discussão. — Florence tentava amenizar. Mas eu estava puta de raiva ao ouvir o que Zola dizia exatamente na hora em que voltava de um dos quartos, o quarto que foi preparado para a Bella antes mesmo de seu nascimento. Minha querida mãe, fez questão de decorá-lo para a neta.
Quanto mais vou ficando esperta, mais percebo as coisas. Sua intenção era que Bella morasse aqui.
— Vou dizer onde errou, Zola. — Minha voz sai ríspida. — Errou ao não criar a sua filha como uma mãe que ama, faria. Deixou tudo para a filha mais velha. Você não tem direito algum de me cobrar como sua filha ou como mãe da Bella, quando Florence foi a pessoa que me carregou nas costas desde o meu nascimento. — Rosno e a mulher fica me olhando com os olhos grandes e repleto de ira.
