𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 63 ● 𝔓𝔢𝔯𝔬𝔩𝔞 𝔖𝔠𝔞𝔯𝔱𝔢𝔯

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⚠️ O capítulo contém 2.560 palavras⚠️

Meus pesadelos ainda traziam o rosto de Goffredo Moura, o Juiz inexorável que aterrorizou a minha vida em público

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Meus pesadelos ainda traziam o rosto de Goffredo Moura, o Juiz inexorável que aterrorizou a minha vida em público.

Acordei melancólica e com o peito martelando de saudades e medo por perder para sempre o direito de ter a minha filha de volta em minha vida. Levantei e saí da cama deixando Simone ainda adormecida.

— São os pesadelos, eu sei. — Florence atravessou a porta da cozinha indo até a geladeira para tomar água.

— Eles estão estranhos.

— Ainda mais do que sempre foram? — A geneticista encostou na enorme ilha de pedra esculpida ao centro de toda a cozinha e me observara dali.

— É. Sabe no dia em que o aerodeslizador caiu? — Faço uma breve pausa para reorganizar meus pensamentos. — Eu tive um sonho ou uma visão, não sei dizer ao certo. A Bella estava como eu. — Existiu um breve silêncio até a mais velha o quebrar.

— Como foi isso? No seu sonho, a Bella conseguia reproduzir o fogo? — Meneei a cabeça em positivo. Florence suspirou forte e soltou a respiração aos poucos mirando seu olhar em um ponto qualquer. — Pode ser falta dos remedios, ja faz tempo que parou de tomá-los. Pedirei para Elora emitir uma receita e vai poder voltar a tomar, controladamente.

— Os remédios nunca foram capazes de fazer todos os pesadelos irem embora, você sabe.

— Não mas, serviu para aliviar os sintomas.

— Não pretendo voltar a tomá-los. Não vai mudar em nada.

Sestra, eu só quero o seu bem. — Falou segurando o meu rosto. — Eu prometi proteger você e a Bella e vou cumprir. Nem tudo está perdido. Mas, se tiver que fazer algo para te ajudar a melhorar, eu farei.

— Eu sei. Só que os remédios não me fazem melhorar. — Florence franziu a testa incrédula.

 
— Eu sei o que eles faziam, ajudavam. Você sempre teimou que não.

— Me faziam dormir a noite toda? Só isso? Alega que faziam bem, porque eu não contava os pesadelos desde que passei a tomá-los? — A mulher me olhava fixamente ainda tentando entender. — Sestra, se eu contasse que os sonhos haviam piorado, o que me faria tomar, além daqueles remédios? Quais mais procedimentos médicos me submeteria?

 — E, por isso ocultou todos os seus pesadelos?

— Era isso ou era continuar a brincar de ser um rato de laboratório? — Perguntei meio que afirmando, fazendo a geneticista parar de me indagar.

— Eu sempre te protegeria. Nada de ruim iria lhe acontecer. Sempre cuidei e garanti isso mas, desde que essa onda de ataques vindas de Malgon, começou, eu falhei com vocês…

— Eu sei que sempre nos pretegeu, não se sinta culpada por não conseguir ganhar sempre, você não tem obrigação de ser a melhor o tempo todo. — Florence beijou a minha testa após seu abraço apertado.

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