𝕺 𝕱𝖗𝖆𝖌𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔 𝕻𝖊𝖗𝖉𝖎𝖉𝖔
Pérola Scarter leva uma vida normal na agitada cidade de São Paulo. Sua vida é marcada por fortes acontecimentos, ainda assim, tenta esquecer o passado e seguir em frente.
A morte de seu pai, um famoso cientista...
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Os inscritos para participarem dos esportes, andavam aos montes de um lado a outro procurando informações de para onde deveriam seguir. Nossas entradas foram liberadas nos guichês e depois de algumas instruções, os professores nos guiavam até os assentos.
O festival começou e ficávamos apreensivos quando a foto e o nome do participante aparecia nas enormes telas televisores, eram vários tatames, várias sessões, para várias modalidades esportivas.
Chegou a vez de Esmey. Minha amiga subiu ao tatame toda confiante, era o início e o início lhe dá ainda mais confiança. Reparei quando entrou na garota com uma vantagem que seria impossível ser desfeita. Eu sabia o que aconteceria pela posição de ambas.
A garota foi ao chão em instantes perdendo a luta. Esmey cumprimentou-a sob aplausos positivos do público e saiu.
Catleya foi chamada em seguida. Uma garota um pouco mais alta do que ela, mal a cumprimentou e se armou para iniciar a batalha. Catleya a olhava firme, nada mais expressava, no entanto, a oponente fazia firulas e a instigava e Catleya se mantinha focada, parada e esperando seu movimento.
A menina tinha uma bela torcida que gritava o seu nome, Catleya tinha a dela. A menina com ar de superioridade correu em sua direção, ergueu as pernas e disparou dois chutes que foram amparados pelo antebraço da loira, que levou sua torcida a loucura com essa defesa.
Admito, ela foi boa. A garota girou de uma lado a outro, Catleya se esquivou, a garota vacilou, Catleya lhe deu um golpe que lhe encaixou muito bem. Com muita força seus braços acertaram o peito da garota, fazendo sua oponente praticamente flutuar sem alternativas de se manter em pé.
Todo mundo abriu a boca surpresos, quando a garota bateu contra o banco da arquibancada e se contorcia em dores. Catleya se dobrou em um cumprimento formal enquanto colaboradores e a turma da garota lhe davam auxílio para ajuda-la a voltar ao tatame para receber a notícia de sua derrota. A garota recebia a notícia evidentemente chateada enquanto segurava sua costela com a mão e tinha seu corpo um tanto curvado pelas dores que sentia.
A loira não disfarçou muito quando direcionou seu olhar assombroso e demoníaco para mim, um sorriso pretensioso surgiu no canto de sua boca. E eu, a olhei em desdém, e segurei minha mão para não esticar e lhe mostrar o dedo do meio.
— Uau. Ela quer te intimidar. — Esmey falou baixinho perto de mim.
— Com certeza, intimidei com o que fiz. — Esmey falou baixo mas a loira ouviu perfeitamente, chegou se intrometendo na conversa.
— O que? Aquilo? — Aponto para o tatame. — Faz de novo, eu não vi. Foi mal. — Desdenho de sua audácia e lhe ofereço um bocejo.
— Não viu? Não se preocupe, faço questão de lhe mostrar pessoalmente, assim que nossas fotos aparecerem bem ali no telão.
