𝕺 𝕱𝖗𝖆𝖌𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔 𝕻𝖊𝖗𝖉𝖎𝖉𝖔
Pérola Scarter leva uma vida normal na agitada cidade de São Paulo. Sua vida é marcada por fortes acontecimentos, ainda assim, tenta esquecer o passado e seguir em frente.
A morte de seu pai, um famoso cientista...
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A pequena viagem até o aeroporto foi breve. Em horas, estávamos entrando organizadamente no avião. Olhei para o lado esquerdo e Avistei Catleya se sentando ao lado da professora.
Estavam todos sentados com seus respectivos companheiros das quais vieram na viagem. Haviam dois assentos livres, observei e não vi Volvo. Talvez tivesse ido ao banheiro.
Então, será assim. Vamos fazer a viagem sentados novamente, um ao lado do outro. Dei de ombros e caminhei até a cadeira. Ao sentar, coloquei meus fones de ouvido e me encostei na poltrona.
- Senta na poltrona 23, campeão? - A voz de Simone me chamou a atenção.
- Sim, professora. Com licença. - Volvo, o atrapalhado garoto seguia para a poltrona indicada pela professora. Ela se sentou e sua mão veio parar na minha perna, bem próximo ao joelho dando uma leve apertada. - Não vai escapar de mim dessa vez, amor. Serão 12 horas de viagem onde faço questão de estar bem aqui, ao seu lado, só para sentir seu cheirinho a viagem inteira. - Simone sorri. Eu a olhei e um riso maroto surgiu em meus lábios.
- Não posso mentir e dizer que não gostei da sua audácia, professora.
O avião levantou voo e seguia rumo ao horizonte de Odessa. Catleya estava soltando os cachorros e praguejando a professora por estar ao lado do garoto mais falante e gago do universo, assim, ela o descrevia. Eu reparei que Volvo fica nervoso ao lado de mulheres bonitas, isso faz ele desabrochar e falar como um tagarela, até sentiria dó de sua companheira mas Catleya não merece a minha pena.
Quando tudo estava mais calmo, as luzes foram amenizadas e o ambiente estava aconchegante, Simone discretamente entrelaçou sua mão a minha e se recostou em sua poltrona.
Seu olhar encontraram o meu e se não estivéssemos ali, impossibilitadas, eu a beijaria ferozmente. Eu mordia meus lábios desejando sentir sua boca na minha. E, Simone, parecia pensar no mesmo. O tempo ia passando e eu ia gostando cada vez mais da vista ali do alto.
- O que foi, meu amor? Está se sentindo mal?
- Estou só com um pouco de náuseas. Alguns minutos aqui sentada e já não está sendo muito favorável. - Respondo a preocupação de Simone que me viu levantar para ir á algum lugar. - Vou ao banheiro jogar uma água no rosto, acredito que vou melhorar.
- Vou com você... - Ela se oferecia.
- Não precisa se preocupar. Eu estou bem. Prometo que volto logo e vou estar bem melhor. Se eu tiver que... sabe? - Ela entende que não quero que me veja colocar o meu café da manhã no vaso sanitário. Saio e Simone fica em sua poltrona, meia relutante, por estar apenas preocupada, prometendo que se eu demorar, ela irá ao meu encontro.
Entrei na cabine e fiz tudo o que precisei. Aparentemente, eu estava começando a me sentir melhor. O enjoo estava passando. Talvez, levantar e andar um pouco, seria a solução.
