𝕺 𝕱𝖗𝖆𝖌𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔 𝕻𝖊𝖗𝖉𝖎𝖉𝖔
Pérola Scarter leva uma vida normal na agitada cidade de São Paulo. Sua vida é marcada por fortes acontecimentos, ainda assim, tenta esquecer o passado e seguir em frente.
A morte de seu pai, um famoso cientista...
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Não encontramos muitos homens pelo caminho exceto na travessa da última porta para o anexo. Eles atiravam contra nós. Eu só tentava entender quem estava na frente desta operação, porque atirariam contra nós, contra a minha filha? Ela é só uma criança e quem está fazendo isso é um covarde que farei questão de matar com as minhas próprias mãos.
Simone atirava assim como eu. Os tiros paravam nas barras de ferro ou em grandes containers espalhados pelo grande salão. Era ali, naquele enorme espaço onde era descarregado todas as cargas.
Bella Ivy estava com os olhos chorosos, se mantinha calada no momento porque a agente Camilla teve a brilhante ideia de colocar tampão de ouvidos na criança para inibir dos barulhos. Ajudou muito. Porém, a criança estava muito assustava devido a tudo o que estava vendo. Lutas, tiros, homens sendo mortos pela sua babá e agora, pela mãe e por Simone. Isso com certeza a assustara. Por falar em Simone, Bella Ivy queria seu colo. Mas atendendo as ordens de Florence, a professora optou por acatar.
Bella se aninhou aos braços da agente Camilla quando mais tiros vieram em nossa direção.
Em um surto de raiva e desespero, sentia meu corpo queimar em fúria. Eu não suportaria se esses tiros acertassem a minha filha. Canalizei toda a minha energia, eu podia sentir o calor corporal de cada atirador.
“Onde houver calor, eu sinto, eu posso sentir.”
Abri meus olhos e labaredas de fogo parecia emanar de dentro deles. Eu me sentia como uma cascata de fogo derramando de dentro para fora. Concentrei em ouvir apenas os movimentos de cada corpo. E senti como levitar indo em direção de cada um, tão rápida quanto uma bala, viajando, como um projétil de fuzil AR-15 que consegue atingir uma marca de 3500 km/h.
As duas mulheres estavam de boca aberta com a velocidade a qual eu, me movimentava, abatendo quase que instantaneamente, três homens. Quando os tiros cessavam, Bella parava de chorar. Se agarrou ao pescoço da babá e enfiou o rostinho em sua blusa mantendo-se escondida. A menininha buscava por proteção.
Tudo parecia estar calmo mas um barulho de estampido mais uma vez invadiu o local. Rajadas de tiro voltaram para aterrorizar Bella Ivy e quem mais estivesse ali. A sensação era de que nossos corpos seriam crivados por balas, a qualquer momento Logo atrás, vinha Florence, Nolan e Esmey. Eles apontavam para seus alvos e mandavam balas. Florence sempre gritava algo para os jovens, deixando-os alertas em como deveriam se proteger para não serem atingidos. Mais homens apareceram por todos os lados atirando suas metralhadoras contra nós, Florence os pegou de surpresa, disparando com o seu fuzil. Os três rolaram ao chão. Eu sei que já tem semanas que a vi treinar tiro ao alvo e acertar todos, mas ainda assim, fico perplexa ao assisti-la atirar para matar. Ela é boa. Ela é precisa.
Em um chute certeiro a porta foi aberta por Florence. Suas mãos estavam ocupadas enquanto carregava suas armas. Todos andavam rápido, quase que correndo até o veículo de fuga.
