𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 57 ● 𝔓𝔢𝔯𝔬𝔩𝔞 𝔖𝔠𝔞𝔯𝔱𝔢𝔯

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⚠️O Capítulo contém 2.761 palavras⚠️

Depois de infinitos sonhos estranhos e perturbadores, com um aero deslizador caindo continuadamente e Bella Ivy autodestrutiva, novamente, volto a um estado de semiconsciência, vejo que a cena se repete; deitada, com os braços perfurados por agulhas, tomando remédios por via intravenosa. O cenário arremete a hospital. A atadura está um pouco mais limpa, deve ter sido trocada. Meus braços e pernas estão presos por faixas, impossível de mexer, em volta do meu corpo tem um cinturão de couro muito bem preso. Dessa vez, fizeram o serviço completo ao me amarrarem. Mas não é apenas isso, na minha fonte e testa, tem alguns eletrodos fixados.

— Olha ela aí, a garota especial que está deixando o país de cabelo em pé. — Nonato entra no quarto revelando muita ousadia. Eu não digo nada. Ainda existe uma sensação de tontura, suponho que neste soro tenha alguma substancia que me deixa sonolenta. Sedada, conseguem um certo controle sobre mim, neste estado, fico inofensiva. — Se tiver que levá-la a julgamento nestas condições, por mim, tudo bem. — Ele avisa. Ou seja, amarrada como uma louca que oferece perigo para todos. — Seria constrangedor para a sua imagem, com todos aqueles paparazzi filmando e colocando a sua foto em todos os tablóides... — Dizia em modo sarcástico.

— Isso não irá acontecer, Nonato. — Kimura entra na sala.

— Se essa aberração não colaborar, irá acontecer, sim. E, muito em breve. — Falou como um lunático. Isso era uma ameaça.

— O nome dela é Pérola Scarter, seja profissional. — Exigiu a mulher.

— Vou mostrar o meu profissionalismo. — Direcionou-se a mim. — Se a senhorita não colaborar, vai provar do seu próprio veneno. Isso aí na sua testa é uma contenção, caso tente qualquer coisa, irá se arrepender.

— Vai para o inferno! — Eu disse e tudo começava a ficar quente.

Nonato Alexander tinha um controle em sua mão e quando o apertou, um grito grotesco pulou da minha garganta me fazendo descartar a ideia de usar a minha habilidade, era impossível me concentrar, eu tive a impressão de que a minha cabeça fosse se partir ao meio. Eu pude entender o que eram os eletrodos, eram sinais elétricos que poderiam torrar o meu cérebro até não sobrar nada. Este foi o plano de contenção do desgraçado. Ele viu tudo o que eu poderia causar, dessa forma, preferiu se prevenir.

— Já chega! Não permitirei torturas. Não no meu posto de trabalho. — A dor cessou quando Sunaya Kimura arrancou o objeto de tortura da mão de seu companheiro, em seguida retirou imediatamente os eletrodos da minha cabeça.

Nonato encarava a mulher sem muito a dizer, ele tinha uma cara de repúdio ao lançar seu olhar macabro para nós. Nonato estava a estranhar até a sua companheira de trabalho e ela, estranhava a ele. O homem deixou a sala um pouco consternado por ter sido contrariado. Ele queria brincar um pouco mais de me torturar com o choque.

— Pérola, vou lhe soltar. Não é da minha conduta colaborar com esse estilo de punição. Espero que possa confiar em você, vamos resolver isso sem agressões, já chega. O que me diz? Posso soltá-la? — Kimura olhava dentro dos meus olhos ao fazer menção a me liberar daquelas amarras. Eu não tinha escolhas, estava tomada pela ira, mas já percebi que nenhuma raiva vai me ajudar a resolver os problemas. O jeito seria me entregar. — Quero ouvir a sua palavra, Pérola. Preciso confiar em você para poder lhe ajudar. Eu posso? — Indagou-me mais uma vez com tamanha autoridade. Eu estava exausta física e mentalmente, então, eu fiz que sim.

— Onde está a minha filha? O que fizeram com ela? Cadê a minha irmã, meus amigos, Simone? — Eu estava fraca, as palavras saiam um pouco agressivas e um pouco enroladas mas dava para entender.

𝕺 𝕱ragmento 𝕻erdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora