𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 5 ● 𝔓𝔢𝔯𝔬𝔩𝔞 𝔖𝔠𝔞𝔯𝔱𝔢𝔯

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️ O capítulo contém 1.141 palavras⚠️

141 palavras⚠️

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Saltei da cama quase que em um pulo, quando o som da música Girl on fire, emitiu um alerta que ecoava por todo o quarto, fazendo-a latejar em minha mente. Era uma chamada de Florence, ao atender, descobri seu desespero.

— Ei... Cadê você? Estamos te esperando.

— Que horas são? Estava dormindo. Você me acordou. — Digo com a voz fraca por ainda estar sonolenta.

— Uau, a noite foi boa, né Pérola? Já são 11:30 da manhã. Levanta, arrume-se e corre para cá. Só iremos comer depois que você chegar.

— Já estou indo, Florence Flossie. — Respondo.

— Pérola, já vou logo avisando, melhor não demorar, a Bella já está pedindo comida, e eu, estou com fome. Se você fizer nós duas esperarmos, já sabe, né?

Florence, me ameaça e nem espera que eu a responda, desligando o telefone na minha cara. Do jeito que essa mulher é, melhor eu levantar.

Minha irmã, odeia quando Bella, não come na hora certa, fica uma fera, sem contar que ela com fome, a coisa fica pior ainda. E para acabar de vez com a minha sanidade mental, já percebi que a Bella vai ser igual a tia.

Se bem que eu fico ainda mais feliz com comida também, isso é de família, somos boas de boca, falou comida? Opa, família Scarter, na área.

Levanto e vou logo para o banho, não ousarei testar minha queria irmã. Isso não seria uma boa idéia. Mas rapidinho chego lá. A casa da minha mãe fica uns quarenta minutinhos daqui, no máximo.

Em trinta minutos estou pronta, desço até a garagem do meu condomínio e sigo para a casa da minha mãe.

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A tarde em família poderia ser ainda mais agradável. Mas Zola precisa mostrar que está no comando quando o assunto é me chatear.

Após o almoço ficamos todas entretidas com as gracinhas da pequena criança que é o centro das atenções, sempre prende a atenção dos adultos. Só que o entardecer é o despertar para ir embora. Era o que faríamos.

— Porque você e a Bella, não ficam para dormir aqui?  — Minha mãe acaba por ter a sua idéia.

— Não dá. Tenho alguns trabalhos do curso para fazer. — Minto.

— Vai amanhã cedo. E você ainda pode deixar a Bella aqui.

— Não, mãe. Preciso mesmo ir embora e Bella irá junto.

— Porque não pode deixar minha neta aqui? Qual é o problema?

— Mãe, não tem problema algum, a Bella dormiu aqui ontem, porque está insistindo para que fique outra noite?

— Estou achando a Bella um pouco pálida, está mesmo fazendo tudo o que é preciso? Ou não está comprometida com os cuidados necessários para uma criança de sua idade?

— Está falando sério? — Eu fico indignada com os comentários dessa mulher. — Não se preocupe com a cor da Bella, ela nasceu assim, ela é meia amarelada porque é uma Simpson, deveria estar acostumada. — Meu sangue está fervilhando.

— Ainda zomba como se isso não fosse importante? — Zola se irrita com minha comparação ao desenho.

— Eu saberia se Bella, estivesse com algum problema na cor de sua pele. Está exagerando com essa afirmação. — Florence diz pegando Bella no colo. Ela sabe onde essa conversa vai parar.

— Estava bom e calmo demais para ser verdade...

Florence, sempre se intromete para me defender. Afinal, ela, mais do que qualquer outra pessoa, sabe dos meus esforços para cuidar bem da minha filha, sabe o quanto dou meu melhor para Bella. Nesse aspecto minha irmã me apoia cem por cento, até porque sabe que minha mãe, só quer mesmo me irritar de alguma forma.

— Às vezes, não custa nada, vim até aqui ficar com sua mãe, Pérola.

— Estava demorando... — Resmungo baixinho.

— Oras, Pérola. Sabe que amo minha neta, detesto a sua resistência em me deixar longe dela.

— Desde quando a deixo longe de você? Porque insiste em dizer essas coisas? Já não basta dizer que não sei como cuidar da minha filha?

— Não digo nada além da verdade, e por acaso, sua inexperiência não interfere em como cuidar de uma criança? Ela deveria estar aqui comigo, e não com você!

— Está mesmo dizendo que eu deveria doar minha filha para você? Não percebe as bobagens que diz?

— Você não tem maturidade para criá-la. Deveria aceitar a minha ajuda e disposição.

— A Bella têm dois anos, porque insiste nisso, Zola?

— Mãe! Sou sua mãe. É assim que ensina a Bella? A chamá-la pelo o seu nome? Não tem maturidade nem para ser mãe e nem para ser uma boa filha...

— Já chega! — Florence interfere na conversa que começa a formar como uma tempestade. — Mãe, entenda de uma vez por todas que Pérola, é a mãe da Bellinha. O direito de criá-la não lhe pode ser tirado. Realmente, Bella tem dois anos, já deveria saber que Pérola, tem condições o suficiente para cuidar da própria filha. Não se intrometa nisso.

— Olhem aqui, vocês duas, eu não sou a Renée. — Ela rosna como um cão que é provocado, direcionando seu olhar furioso para Florence e para mim. — Eu não sou como a otária da minha amiga. — Renée é a suposta avó da Bella, por parte de pai. Como minha mãe faz questão de ressaltar, só para me irritar ferozmente. — Renée, pode até não ir atrás de seus direitos de avó, prefere ficar chorando e sofrendo pelos cantos porque Pérola, não deixa que veja a própria neta, se quer considera como avó da Bella. Mas eu? Moverei céu e inferno, se for necessário.

Minha mãe fala batendo em seu peito, ela vive repetindo isso em voz alta para quem quiser ouvir, faz um drama daqueles de atrizes mexicanas.

— Mãe, vou levar as meninas para casa. Não precisa ficar assim. Outro dia a Bella vem ficar contigo. — Minha irmã argumenta na esperança de acabar com os ânimos da nossa querida mãe, que me olha com todo o seu olhar pesado de reprovação.

— Você sempre passando a mão na cabeça dessa garota. Você me odeia!

— Não. Eu a amo. Com todo esse seu defeito, mesmo assim, a amo. Mas tudo tem limite e você já ultrapassou os seus e os nossos. — Minha irmã diz dando as costas indo em direção a saída, levando consigo minha filha em seus braços. — Vamos, Pérola.

Eu apenas a sigo sem nem olhar para trás. Minha mãe queria que eu ficasse para dormir lá, mas eu não quis, achei melhor pegar Bella e ir embora. Ainda mais porque Florence não ficaria.

Conhecendo minha mãe, assim que minha irmã saísse de lá, logo viria atrás de mim para arrumar briga como todas as outras vezes.

E eu não estava afim de ouvir suas barbáries. Quero ir para minha casa aproveitar meu fim de sábado e passar o domingo inteiro com minha filha. Desde que voltei a estudar agora fico pouco com minha pequena e já estou sentindo falta de um momento nosso.

𝕺 𝕱ragmento 𝕻erdidoWhere stories live. Discover now