𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 56 ● 𝔓𝔢𝔯𝔬𝔩𝔞 𝔖𝔠𝔞𝔯𝔱𝔢𝔯

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⚠️O Capítulo contém 2.630 palavras⚠️

Estou deitada em uma cama muito confortável

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Estou deitada em uma cama muito confortável. Luto para espantar a confusão que está na minha cabeça e logo deslizo para fora da cama me colocando de pé. 

Observo tudo ao redor, percebo que não estou no mesmo local do acidente, estou em um quarto, luxuoso, olho para fora através das paredes de vidro, vejo uma piscina e uma bela paisagem. É uma mansão com uma arquitetura moderna. É a casa de Malgon, onde manteve a minha filha e a mim, presas por semanas.

Passo pelo mezanino e desço as escadas tocando com os pés cada degrau esculpida de puro vidro, a impressão é de que vou cair a qualquer momento, a sensação me causa uma leve vertigem devido a altura.

A casa parece vazia, só quando chego no último degrau, ouço uma gargalhada infantil. Meu coração se enche de alegria e meus olhos marejam de tanta felicidade. Amo ouvir esse som, é o meu favorito. Me direciono para onde vem os barulhos de risos gostosos e chamativos. O local é uma sala ampla, a decoração é algo que muito me choca, nada agradável. Tem um caixão no meio da sala onde acontece uma cerimônia fúnebre. Logo ao lado, vejo uma loirinha que está de costas sorrindo enquanto corre atrás das bolas pretas, o chão está repleto por balões de ar.

E, Bella Ivy está se divertindo chutando e jogando as bolas para o alto como se estivesse em uma festa de aniversário.  Reparo em como a criança está vestida para a ocasião em seu vestido preto e sapatinho da mesma cor. Perfeitamente vestida para uma cerimônia fúnebre.

— Bella Ivy... Filha, vem com a mamãe. — Me aproximo vagarosamente, chamando a menina.

Toco em seu bracinho mas imediatamente, recuo a mão gemendo de dor. Me espanto por sentir a temperatura alta demais. Olho para a minha mão e vejo uma marca vermelha, como uma queimadura de segundo grau. Respiro forte e fora de compasso, estou assustada. Mesmo assim, insisto, preciso pegar a minha filha e sair dali. Quando a toco, novamente, grito com a dor tomando minha mão. Dessa vez, a pele da palma da minha mão se desfaz devido a queimadura. Fico horrorizada de como aquilo é possível. O que está havendo com a minha filhinha?

De repente, a criança não estava mais brincando com as bexigas, talvez, tenha cansado e agora estava séria.

— A Béinha quer geleia de molhango, mamãe Pélola...

Ela dizia de uma maneira assustadora e bastante irritada, enquanto se mantinha de costas para mim. Sua expressão facial, com as sobrancelhas juntas, era de quem estava chateada com algo e algumas lágrimas caiam de seus olhos.

— Filha, está chorando? Vem com a mamãe, eu vou te dar geleia de morango. Todos os potes que você quiser. — Eu dizia com calma mas gemia sentindo a dor na mão que me fazia chorar.

— Mamãe mente. Béinha não gosta de mentiras, Béinha machucou o homem mentiroso. — Ela aponta diretamente para o caixão e faz uma cara de brava.

𝕺 𝕱ragmento 𝕻erdidoWhere stories live. Discover now