Capítulo 19

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É como um sonho. Estar dentro da Jana é diferente do que já senti com as outras mulheres, o jeito que sua boceta se encaixa no meu pau, como ela geme quando chega ao clímax... É tudo perfeito.

Eu piro demais com ela.

Assim como em um sonho bom, onde estamos juntos depois do que parecia uma eternidade, veio o pesadelo pela manhã e eu juro que pensei realmente estar sonhando, desacreditando totalmente que aquilo estava acontecendo logo comigo.

— Otávio, Otávio, amor — acordei sendo sacudido repetidas vezes pela Janaína, eu estava pelado e relaxado depois da terceira foda da noite.

— O que aconteceu? — perguntei ainda anestesiado, reparei que além da sua voz tinha batidas na porta e ouvi uma voz masculina a chamando lá de fora.

Com certeza não era o Emerson, mas não deixava de ser uma voz conhecida, era o merda daquele Bernardo.

— Amor, eu preciso que você entre no banheiro, só por um tempinho, por favor — ela falou baixinho com uma mão no meu rosto e eu encarei os olhos de jabuticaba, despertando de vez quando me toquei do que estava acontecendo.

— Você está me zoando Janaína? — gritei revoltado levantando da cama, ela engatinhou  no colchão tentando me segurar enquanto suplicava fazendo um barulho para que eu ficasse quieto.

— Amor, por favor, ele está mal, não pode passar nervoso — ela tentou me segurar enquanto eu vestia a cueca.

Meu pensamento só repetia o quanto eu estava sendo otário aceitando essa situação.

— Não sei nem porquê insisti nessa merda Janaína — achei minha calça no pé da cama, chequei se meu celular e chave estavam ali e comecei a procurar por onde diabos estava minha camisa.

— Otho, não fala assim — choramingou e eu só quis gritar o quanto estou farto desse teatro.

— Foda-se — gritei tirando suas mãos de mim. — Não quero mais saber, já passou da hora de um ponto final nessa relação fodida — peguei a camisa, meus tênis e me preparei para abrir a porta. — Eu não vou aceitar ser amante, tá legal Janaína? Nunca aceitei e não vai ser agora que vou mudar meus princípios por você — abri a porta e encontrei aquele mané parado de braços cruzados, o rosto vermelho igual um pimentão.

— O que você está fazendo aqui? — o filho da puta ousou falar, eu olhei para mim mesmo, vestindo apenas cueca e com o resto dos pertences na mão.

— O que a margarida acha? — fui irônico e percebi usar a mesma expressão que a Jade.

Acho que estou convivendo demais com ela.

— Que estava transando com a minha mina — abri a boca incrédulo da ousadia daquela vareta.

— Estava transando com a minha mina, mas agora ela é toda sua, camarada — olhei da Jana para ele e bati forte no seu ombro. — Faça bom proveito.

Virei as costas e sai daquela merda de chalé, indo para o mais longe possível daquela que cogitei amar.

— Otávio — ouvi a voz do Emerson me chamar quando passei pela lateral da casa para chegar no carro, mas ignorei.

Imagina a cena deprimente que ele estava vendo, eu de cueca andando com as roupas na mão pela sua propriedade, ás sete ou oito da manhã. Como um adolescente babaca que foge da casa da sogra de madrugada, só que no caso eu era o amante que saía da casa da menina para o corno não ver.

Ou seja lá que porra fosse a ocasião.

Entrei no carro batendo a porta e a mão no volante, queria ter socado a cara daquele idiota, mas só no tapinha que dei ele já pareceu que quebraria, imagina se eu fizesse o que tenho vontade.

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