Capítulo 55

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Demorou para que conseguíssemos sair do quarto.  

Primeiro fodemos no banheiro, depois na cama, aí encontrei o vestido que ela usava ontem todo rasgado e a comi por cima dele, no chão mesmo, só para alimentar o animal dentro de mim que ficou muito excitado por ter cumprido minha própria promessa — porém nada feliz em não me lembrar do feito.  

Vou comprar outro só para rasga-lo.  

Quando descemos para encontrar a civilização, todos já tinham tomado café e estavam na área da piscina. Como eu estava com uma fome de leão fui me servir do café da manhã e o Emerson me acompanhou enquanto minha mulher foi se juntar a Joana, Angel, Jorge e Eddy, que estavam tomando sol. 

— Vai com calma primo — o Emerson zombou da rapidez em que eu estava devorando os ovos com bacon. 

— Se soubesse o buraco que está no meu estômago... — suspirei buscando ar para outra garfada.  

— Vocês dois ainda vão se matar se continuarem a foder feito coelhos — comentou e eu ergui minha cabeça dos ovos para lhe encarar com o cenho franzido.  

— Olha quem está me falando isso, o cara que fez quatro filhos em tempo recorde — ele deu risada do meu comentário e encheu um copo com suco para ele. 

— Eu me garanto — piscou todo orgulhoso. — Estamos tentando adotar mais um. 

— Jura? Eu acho uma ótima ideia — fui sincero e ele me olhou como se quisesse desvendar alguma coisa. 

— Não pensa em ter mais filhos? — fez a pergunta que eu já esperava só pelo andar da carruagem.  

— Nos primeiros meses junto com a Jade eu pensava sim, mesmo ela tendo feito a laqueadura conversamos sobre tentar um tratamento ou adotar, mas não acho que seja viável para nosso relacionamento agora — suspirei olhando pela porta de vidro a minha mulher feliz deitada na espreguiçadeira e falando sem parar. 

— Como assim viável? — voltei meu olhar para ele e o vi me encarar com uma sobrancelha erguida.  

— Apesar de ser uma ótima mãe, a Jade tem muitos traumas que pondo na balança não vale a pena arriscar reviver — limpei a garganta sentindo de repente a fome passar. — Ela ama crianças e sei que no fundo gostou da ideia da adoção, porém os primeiros anos de vida do Lívio não foram fáceis para ela e isso a trava de um jeito que nem os calmantes faz a dor dela passar. 

— Caramba primo, eu não sabia. 

— Não importa cara, a verdade é que eu a amo e morar aqui ajudou muito a aceitar que não precisamos de um segundo filho, somos felizes no nosso tempo sozinhos, e ainda mais quando estamos perto da nossa família e isso basta — garanti e ele me lançou um sorriso.  

— Está muito sentimental irmão — ele estava no seu modo brincalhão raro de se ver, mas no fundo eu conseguia ver a felicidade genuína por me ver bem. 

— Ter vocês por perto faz a diferença primo, eu amo a Clarinha como se fosse minha filha. 

— Não deixa as gêmeas escutarem isso — advertiu. 

— Eu amo elas também, mas você sabe que com a Clara é diferente, daria minha vida pela dela — peguei o prato e os talheres da mesa e levei até a pia.  

Infinitamente MinhaWhere stories live. Discover now