Capítulo 37

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Assim que acabei com a Janaína vesti minhas roupas, coloquei a camisinha usada no bolso da calça e sai de lá.

Não falei absolutamente nada e ela também não abriu a boca para questionar.

Agora, pensando com a cabeça de cima, achei que pudesse me arrepender do que fiz, mas não estou arrependido, muito pelo contrário, meu coração finalmente está em paz e mais do que isso: não sinto mais nada por ela.

Ter a certeza é muito melhor do que ficar na dúvida, sem saber como me sentirei quando a ver novamente, se os sentimentos voltariam ou não.

Eu me satisfiz sem sentimento nenhum e isso não irá se repetir porque sei que ela não é a mulher que meu coração quer.

— Ei, vai embora sem falar comigo? — o Emerson me alcançou antes que eu conseguisse entrar no carro.

— Tenho que pegar o Lívio, ele está sozinho no hotel.

— Vão vir almoçar? Já são quase duas e a Angel está preparando comida para um batalhão.

— Só vou pegar ele e volto.

Prometi e dei partida.

Sinto que estou dez quilos mais leve depois dessa manhã, matei dois coelhos em uma cajadada só e agora finalmente estou livre para seguir em frente.

Seguir meus sonhos.

Novos sonhos.

Continuo querendo vir para Sorocaba, mas não tenho pressa para conseguir que tanto a Jade quanto o Lívio venham também.

Jade.

Pude sentir o meu coração acelerar só por estar pensando nela, uma felicidade e ansiedade que não senti nem enquanto fodia a Janaína.

Quando estacionei no hotel peguei meu celular procurando por mensagens dela, tinha três perguntando como o Lívio estava e depois de dez minutos que não respondi vinha quatro ligações na sequência, antes que eu pudesse pensar em responder ou ligar, meu celular vibrou e a foto dela apareceu.

— Caramba Jade, você não me dá tempo para respirar — iniciei a conversa assim que a imagem dela apareceu na tela em uma vídeo chamada do próprio aplicativo de mensagens.

— Realmente não vou te deixar respirar seu filho de uma puta — reparei que o rosto dela estava mais vermelho que o normal e os cabelos revoltos.

— Você está bem? — ousei perguntar e cheguei a me assustar com o grito que deu para o telefone.

— Não Otávio, eu não estou bem.

— Jade, calma.

— Calma? Calma é o caralho, eu estou falando, quando você chegar eu vou te socar e vai ser muito pior do que provavelmente o Emerson fez com o seu nariz.

— O que aconteceu?

— Aconteceu que estou igual uma louca ligando para você e para o Lívio e nenhum dos dois me atende, tem telefone para que?

— Eu estava...

— Não quero desculpas, onde está o meu filho?

— Está no quarto de hotel, eu estou no carro, ele estava indo dormir quando sai.

— Por quê? Não dormiu a noite? Já almoçaram?

— Não, estamos indo almoçar.

— Se aqui é cinco horas aí é duas, já passou do horário de almoço — ela parecia mais calma então achei seguro sair do carro para ir ao quarto.

Infinitamente MinhaWhere stories live. Discover now