Capítulo 53

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Como a minha futura esposa tem aversão ao casamento tradicional, igreja e vestido de noiva, eu a peguei no estúdio em uma quarta-feira qualquer e fomos até o cartório assinar os papéis do casamento. O Emerson e a Angel foram de testemunha, mesmo torrando minha paciência dizendo o quanto aquilo era chato e tedioso — a Angel insiste em querer ver a Jade de véu e grinalda.

Mas esse não é um sonho dela e o meu é apenas fazê-la feliz, então depois de virarmos oficialmente marido e mulher eu beijei a noiva na porta do cartório e a chamei pela primeira vez de Jade Sharp Castro.

Bem cafona, mas foda-se.

Depois de muita insistência da parte da Angel e da Joana, minha esposa aceitou fazer um jantar em comemoração, as meninas ficaram responsáveis pela parte do buffet e decoração e nós pela lista de convidados.

— Não sei por que fazer isso.

Minha feiticeira reclamou frustrada encarando o iPad aberto no bloco de notas vazio.

Estávamos deitados na cama balinesa aproveitando o sol (na verdade a sombra) do sábado à tarde antes do nosso banho de piscina.

— Faz parte da coisa agradar os convidados — brinquei passeando meus dedos pelas costas da minha mulher.

— É que não tenho ninguém para chamar — só quando ela bufou que eu entendi o que estava a incomodando.

O problema não é a igreja ou a festa, o problema são os convidados.

— Não precisamos chamar muitas pessoas amor, se quiser não precisamos chamar ninguém além dos que moram no condomínio, será tipo nosso almoço de domingo.

Ela se virou e ficou de lado para me olhar, se apoiou sobre os cotovelos e deixou a caneta pencil sobre a cama.

— Sei que não gosta de falar sobre, mas preciso perguntar — virei de lado ficando de frente para ela, na mesma posição.

— Manda.

— Quer chamar seu irmão? Seus pais? — suspirei sabendo que o certo seria chamar, mesmo o meu coração não gostando nada disso.

— Não — fui sincero. — Sei que deveria chamar, sei que o Lívio tem o direito de conhecer os avós e a toda a família Castro... Mas eles têm minhas redes sociais e nunca sequer mandaram uma mensagem para saber sobre ele, muito menos sobre a Lizzie.

— Tá bom amor, não tem problema — ela trouxe a mão até o meu rosto e acariciou a barba rala.

— Eu deveria ficar chateado por não haver essa interação, mas a verdade é que não tenho um pingo de vontade que nosso filho conheça essa parte da minha vida — seus olhos estavam tão concentrados nos meus que a sensação era que ela podia sentir a minha dor.

— Eu entendo, não faz mal. Ele também não conhece meus pais — tentou amenizar e eu sorri de lado.

— Espero que sejamos melhores que eles e que nossos netos queiram conviver com a gente — voltei a acariciar seu corpo e isso a fez morder o lábio inferior.

— Nós já somos melhores — garantiu juntando nossos lábios, levei minha mão até a sua bunda, que estava uma delícia naquele biquini e ela gemeu na minha boca quando a apertei contra o meu volume. — Para de me distrair, precisamos de uma lista ou a sua cunhada vai entrar aqui e arrancar as suas bolas — ela não se afastou, continuou praticamente colada a mim, mas com a barriga para baixo e a bunda empinada para cima.

— Diz isso enquanto me atenta com essa bunda gostosa — resmunguei enchendo minha mão com a carne deliciosa e durinha.

Pequenininha e do tamanho certo para a minha mão.

Infinitamente MinhaWhere stories live. Discover now