Capítulo 45

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Eu poderia dizer que não via a hora de tê-la em meus braços, mas nenhuma palavra pode descrever o que estou sentindo.

Como explicar cada célula do meu corpo que vibra por onde seu olhar passa?

Como explicar minhas mãos que estão tremendo ao deitá-la na cama?

Não consigo dizer o que é esse calor que transcende, esse borbulhar no estômago, a eletricidade, a ânsia por aquela mulher. De forma concisa posso dizer é que amor, mas na verdade é muito mais que isso.

E não é como se eu estivesse sentindo isso só agora, só quando se refere a sexo. É além, muito além; acontece toda vez que acordo antes dela e a observo dormir, toda vez que vamos tomar banho e ensaboo suas costas, a cada revirar de olhos e dar de ombros, é pelos mínimos detalhes, até quando me faz rir por algo bobo que não teria graça com qualquer outra pessoa.

Dizem que a convivência entre um casal é difícil, que a adaptação é um processo complicado, mas é mil vezes pior imagina-la longe; não a ver mais ao acordar, não sentir seu cheiro se misturar com o meu no café da manhã, não a ouvir reclamar que demoro muito escovando os dentes ou que espero o café esfriar para tomar — seguido de uma reflexão interminável sobre o quanto eu sou inacreditável e estranho.

Ah, mas você vai acabar enjoando. É que muitos diriam, e talvez algum dia até possa acontecer, mas agora, enquanto deslizo sua roupa para fora do corpo esbelto e aprumado, eu só consigo pensar que nunca me cansarei.

É ilógico me cansar quando parece que cada batida do meu coração é para ela, quando sinto que necessito do seu toque, cheiro, presença e amor para me manter vivo.

Isso seria o amor, certo?

É esse o amor que tanto falam?

Porra, é tão gostoso e irracional, é algo que se expande no meu peito e me faz querer gritar. Eu poderia gritar para o mundo que a amo sem problema nenhum. Gritaria para a galáxia inteira porque vai além, muito além; o que sinto é imensurável, infindo, surreal. Alma gêmea poderia ser a palavra? Jade Sharp é o amor da minha vida, foi feita sob medida para foder com a minha cabeça, ela é minha, infinitamente minha, tão minha que me sinto sufocado sem a sua presença.

— Eu amo você — olhei nos seus olhos e externei em sumo o que meu peito grita.

Ela estava deitada na cama, completamente nua nos meus braços, os cabelos soltos e revoltos sobre o travesseiro, o peito subindo e descendo tão descontrolado e ansioso quando o meu, os seios durinhos me chamando, a tatuagem clamando para beijar sua pele.

— Eu amo você Otho, acima de tudo, confio em você — ronronou com um sorriso nos lábios.

Com certeza seria alma gêmea a palavra, porque nós não precisamos delas para explicar, só pelo brilho do seu olhar eu consigo ver a sua esperança de que eu vá tirar todas as lembranças ruins. Confiar em mim é mais do que saber que não a machucarei, é dizer que iria passar por cima do nosso passado. O "olhar só para frente da linha", nunca mais ver os buracos, somente o futuro, corporificar a linha tênue.

A partir de agora seríamos nós contra o mundo. Nós e a nossa semente — que já é uma sementona que faz outras sementes... Enfim.

Beijei seus lábios sentando sobre os meus joelhos para tirar minha roupa, com movimentos lentos tirei peça por peça, tomando cuidado para não fazer movimentos bruscos que pudesse despertar algum gatilho. O doutor Nash falou que nas primeiras vezes pode ser que aconteça, então vou tomar o máximo de cuidado para evitar.

Ela se contorceu e soltou um miado baixo quando me livrei da cueca, me fazendo rosnar ao saber que está gostando da performance. Fechei os dedos ao redor do meu cacete, ele já estava pesado, inchado, louco para estar na gruta apertada. Só de pensar naquela perdição o líquido pré seminal molhou a cabecinha e isso a fez lamber os lábios enquanto eu batia uma para ela.

Infinitamente MinhaWhere stories live. Discover now