Capítulo 43

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Ódio, o mais puro ódio percorre minhas veias. Puro, cru e insensível. A única certeza que tenho no momento é que eu vou matá-lo, eu preciso matá-lo e a morte ainda é pouco para esse verme.

Quando eu vi a Jade amarrada naquela cama pensei que enfim deixaria o monstro acordar, mas sei que se um dia fizer não terá volta, então respirei fundo e fiz exatamente o mesmo de quando a Letícia estava ameaçando a Angel e as gêmeas.

Liguei para o Orfeu e ele atendeu no segundo toque.

— Estou te mandando a localização — não fui educado e nem era preciso, ele já está acostumado com o meu jeito explosivo, assim como estou acostumado a vê-lo nas sombras.

— Por que nunca me liga com boas notícias? Eu soube que agora é pai — apesar do tom sério o conheço bem para saber que está de bom humor.

— Fê, Tem um cara tentando estuprar minha mulher e não posso te prometer que não vou matá-lo, você pode lidar com isso? — perguntei nervoso, fui para perto da porta novamente e vi o estrume tirar a própria roupa.

— Você pode lidar com isso Otho? Deixe o trabalho sujo comigo, cinco minutos e meus caras já estarão aí — seu tom de voz mudou completamente e a ligação foi encerrada.

Peguei a primeira coisa que vi pela frente, um vaso de vidro que estava no corredor. O filho de uma puta agora estava por cima dela com aquele pau quase dentro da sua boca e foi aí que todo o controle e bom senso que eu estava tentando ter foi para os ares.

— Agora seja uma boa menina e mama o meu pau bem gostoso bonequinha, mostra o quanto quer me agradar — o pedaço de bosta falou enquanto a batia.

Macetei o vaso contra a cabeça daquele merda, o vidro voou por toda a parte, mas não me impediu de pega-lo pelo pescoço e taca-lo no chão.

Sentei por cima dele igual ele tinha feito com a Jade e comecei a esmurrar a sua cara como se fosse um boneco.

— Vou te mostrar o quanto quero te agradar — rosnei para sua cara já desconfigurada e continuei com os socos. Não é suficiente. A cada soco a mais meu subconsciente grita que não é suficiente e por isso me levantei e comecei a chutar aquela merda que ele chama (chamava) de pau. — Você vai se lembrar de mim até mesmo quando for mijar, seu desgraçado.

Continuei chutando sem parar, o ódio crescendo mais e mais, minha visão escurecida pelo sentimento que habita e só cresce em mim.

Ele começou a gritar por clemência no meio dos gemidos de dor, mas ouvir sua voz só me incentivava a continuar.

Chutar. Chutar. Chutar esse verme até limpá-lo desse planeta.

Comecei a sentir a cama balançar e como se meu cérebro voltasse a funcionar eu parei o que estava fazendo para dar atenção a quem realmente merecia.

Jade.

Olhei para a minha mulher amarrada daquele jeito na cama, totalmente exposta e frágil e me desesperei ao pensar no que aquele verme poderia ter feito se eu não chegasse a tempo.

Não quero nem pensar nisso.

Havia um corte na sua barriga, não parecia profundo, mas tinha uma quantidade considerável de sangue que me fez ficar em alerta.

A desamarrei o mais rápido que consegui fazer meu corpo responder e em segundos ela estava segura nos meus braços.

Minha.

— Amor, amor, me desculpe ter demorado, está tudo bem agora — prometi com medo de machucá-la, seu rosto estava bem machucado, com muito sangue e cortes.

Infinitamente MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora