17 [do•mi•na•ção] (!)

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[ação de dominar, de ter domínio, poder absoluto, supremacia em relação a outra coisa ou pessoa.]

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CHARLOTTE

Quando os cinco dias acabaram, Harry estava tão faminto que não pôde esperar até chegar no meu quarto. Ele me fodeu contra a porta do meu apartamento e fez a mesma tremer com cada estocada entre as minhas pernas. Meu vizinho fez uma reclamação e dessa vez eu não pude dar-lhe nenhuma desculpa, pois era óbvio de onde o barulho de sexo havia saído.

Essa pausa só nos deixou mais carnais.

A forma como ele olha pra mim é incandescente. Eu não consigo conter as minhas mãos quando estamos sozinhos, o simples cheiro da pele dele causa uma poça de excitação na minha calcinha. Harry é um coisa deliciosa e eu tenho uma infestação de pensamentos sujos com ele pelo menor dos motivos.

Pernoites estão acontecendo praticamente todas as vezes que nos aventuramos e de início, eu achei que teria detestado tê-lo andando pra lá e pra cá no meu apartamento, mas não é o que está acontecendo. É muito mais fácil tê-lo por perto e uma das regras que eu criei dentro do nosso acordo, que o permite usar apenas cuecas quando está comigo, está sendo muito útil. É tão divertido e Harry não reclama como eu achei que reclamaria. Às vezes, quando ele se sente mais confiante, até faz uma breve dancinha antes de tirar as roupas.

Nós estávamos tão ocupados nessa rotina de pegação, que havíamos nos esquecido de algo bem importante. Os utensílios que compramos no sex shop ainda não foram usados e estavam mofando (não literalmente) na minha gaveta. Lembrei disso apenas quando fui pegar uma calcinha limpa para usar de manhã, me deparando com a sacola da loja quase intocada.

"Nós temos que resolver isso." Digo, enquanto Harry experimenta um novo coquetel que eu estou aperfeiçoando para colocar pra vender. Ele não achou ruim ser minha cobaia e eu exigi apenas críticas verdadeiras.

"O que sugere que façamos?" Pergunta, dando mais um gole no bebida rosada ainda sem nome.

"Não sei exatamente, mas temos que usar algumas daquelas coisas."

"O que eram mesmo? Oh, sim. Algemas, venda..." Vai se lembrando, enumerando os itens nos dedos.

"A vela para o jogo." Acrescento, vendo ele tencionar as mandíbulas pela menção da mesma. Recordo que ele havia ficado surpreso quando eu sugeri que experimentássemos Hot & Cold na cama, mas ele não tinha negado naquele dia que ficou para trás. "Você ainda está bem com isso? Podemos não brincar disso se você não estiver confortável." Eu ofereço, mesmo que vá sentir uma pontada de desapontamento se caso ele disser que mudou de ideia.

"Não, não. Eu quero jogar." Harry confirma, confiante. "Nós só temos que decidir quando e como vamos fazer isso. Quer dizer... quem vai começar em quem?" Levanta o questionamento, imediatamente criando tensão entre nós.

Ambos somos jovens adultos, maduros o suficiente para tomar decisões sérias. Então eu puxo uma moeda da caixa registradora e a entrego pra ele. Harry dá um sorriso de canto e o verde de seus olhos cintila com travessura.

"Cara ou coroa?" Ele pede pela minha decisão, entrando na brincadeira.

Sorrio convencida e digo, "Coroa."

Harry faz um sinal de sobrancelhas e suspira entre seus lábios macios, "Boa sorte."

O metal tilinta quando os dedos de Harry atiram a moeda para cima. Ela gira algumas vezes e é como se o tempo tivesse desacelerado, nossa próxima transa sendo traçada pelo acaso. Quando ela cai na palma da mão dele e seu punho se fecha ao redor dela, Harry é ágil em colocar a moeda sobre o dorso da outra mão e revelar o resultado.

𝗙𝗲𝘁𝗶𝘀𝗵 • H.S.Where stories live. Discover now