DEZENOVE

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JJ

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JJ

Que ressaca do caralho.

Demoramos quase uma vida pra chegar em casa ontem, o caminho parecia maior que o normal. Quem visse nós três perambulando sozinhos beirando às três da manhã, diria que tínhamos acabado de sair de um filme de zumbis. Passamos a noite na casa da S/N, porém dessa vez não dormimos espremidos na mesma cama. Ela não conseguiu subir as escadas e ficou cerca de meia hora batendo boca com Rafe sobre não querer dormir na cama, pois quem ia dormir nela seria eu e Rafe. Segundo ela pra nós conversarmos sobre o clima que rolou naquela porra de quartinho. E eu só queria enfiar minha cara num buraco.

Nem adianta ela vir me perguntar o que rolou sendo que eu não tô sabendo explicar nem para eu mesmo. Eu tava bêbado, drogado e excitado pra um caralho e qualquer coisa fora do normal que eu fizesse ali obviamente colocaria culpa nessas três opções, mas por um segundo fodido eu voltei para a  realidade como se tivesse levado um choque de taser. Nesse mesmo segundo eu pensei que beijaria Rafe Cameron, e esssa porra não faz sentido nenhum. Que merda colocaram na minha bebida? Eu certamente devia tá pensando com a cabeça de baixo, porque não é possível.

A sala parecia uma cena de crime; garrafa vazia de Uísque jogada no canto do sofá, bituca de cigarro espalhadas pela casa toda, roupas no chão e a dona da casa deitada encima da mesa com o pescoço dependurado. A dor que ela vai sentir mais tarde... Rafe tá dormindo sentado no sofá, e eu precisei me submeter a dar uns socos no ombro dele pra ter certeza de que tava vivo. Confirmou a minha suspeita me chamando de filho da puta inconveniente, e eu só tava preocupado. Ele que se foda então.

Tomei uma ducha fria e fiz um café forte, apertei um baseado e agora tô sentado na varanda esperando que acordem. Pra falar a verdade eu não quero ver a cara de Rafe por tão cedo, não sei se tô pronto pra admitir para eu mesmo que o que aconteceu partiu de ambos, e eu tenho uma pontinha de certeza de que se a porra do universo não tivesse interferido, tinha rolado. Falo que não quero vê-lo mas não tenho pra onde correr, já que praticamente estamos vivendo uma vida só. Nós três.

Por fim eu decidi ir pra casa, dar uma checada nas coisas e dessa vez ver se o meu pai tava vivo. Por um lado eu queria que não estivesse... Passei na casa do Topper e peguei a minha moto, seguindo pra casa. Assim que me aproximei notei tudo vazio e silencioso, quando dei a volta na casa avistei uma Kombi estacionada e eu quase caí da moto. Respirei fundo e fui na direção dela, pondo as mãos no vidro pra tentar ver melhor o que tinha lá dentro. O que diabos a twinkie tá fazendo aqui?

Dei um grito nada másculo quando senti duas mãos fortes apertarem meus ombros acompanhado de uma risada gostosa de fundo. Me virei e Sarah tava se acabando de rir enquanto eu ainda me recuperava do susto que Jonh B acabara de me dar. Pisquei os olhos involuntariamente pra ter a certeza de que eles estavam realmente aqui na minha frente e fui envolvido pelos braços fortes do meu melhor amigo e acariciado por Sarah. De fato deixei umas lágrimas escorrerem, senti muita saudade. Meu coração parece que vai explodir de alegria e eu só quero mantê-los nos meus braços pra sempre, como era antes.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐁𝐞𝐭𝐰𝐞𝐞𝐧 𝐓𝐡𝐫𝐞𝐞 || 𝗝𝗝 𝗲 𝗥𝗮𝗳𝗲.Onde histórias criam vida. Descubra agora