𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐁𝐞𝐭𝐰𝐞𝐞𝐧 𝐓𝐡𝐫𝐞𝐞 || 𝗝𝗝 𝗲 𝗥𝗮𝗳𝗲.

QUARENTA E CINCO

S/N

Eu poderia dizer que é difícil acreditar que estou namorando com os homens por quem me apaixonei à anos atrás, mas não. Percebi que quando uma coisa está marcada para acontecer, ela vai acontecer independente da quantidade de obstáculos que tivermos que ultrapassar para finalmente chegarmos ao nosso destino. A caminhada pode ter sido difícil, afinal ninguém disse que seria fácil ou que seria rápido, mas só de pensar que passamos por tudo isso de cabeça erguida, me excita pra caralho, e não consigo olhar para eles sem disfarçar a minha alegria e empolgação, porque a noite tá só começando, e a nossa vida juntos também.

Estávamos de rolê marcado assim que deixássemos a praia, Rafe e JJ tinham combinado de me fazerem uma surpresa, e eu sinceramente achava que a surpresa era dar um passeio de barco de madrugada pelo Figure 8, mas me enganei. O tal passeio de barco era só um pretexto que ambos inventaram para me levarem até o meio do nada, em alto mar e quase dando uma hora da manhã. Se ligarem o canal de notícias e ficarem sabendo que três jovens desapareceram, já sabem de quem é a porra da culpa. Mas a vida é isso, então que se foda.

‒ Mas e aí, posso saber por que me trouxeram pro meio do nada? ‒ perguntei aos dois, que me olhavam com aquelas malditas caras de que iriam aprontar.

JJ se deslocou e começou a andar em volta de mim, correndo com os dedos pelas minhas costas nuas me fazendo arrepiar e fechar ligeiramente os olhos ao sentir o gelado do metal do seu anel tocar minha pele quente. Rafe também caminhou em minha direção e pôs uma mecha do meu cabelo para trás da orelha e deu um beijo molhado e suave em meu pescoço, mais uma vez fechei os olhos e inspirei fundo, desejando mais daquele jogo sujo que estavam tramando.

Arqueei um pouco as costas e tombei o pescoço para o lado, dando passe livre para que Rafe pudesse beijar o mesmo sem impedimentos, enquanto JJ continuava a me instigar passando as mãos ásperas por toda a região das minhas costas, hora ou outra descendo com a ponta dos dedos bem lentamente até um pouco abaixo da minha cintura.

‒ Isso que vocês estão fazendo é golpe baixo, porra ‒ falei com dificuldade ‒ Digam logo o que querem de mim.

Ambos se entre-olharam e riram. Franzi o cenho, permanecendo séria diante a situação.

‒ É sério que tá perguntando o que queremos de você? — Rafe falou com escárnio.

JJ se posicionou em minha frente e segurou meu rosto com as mãos, me obrigando a olhá-lo nos olhos.

E então disse:

— Queremos que seja nossa, gatinha — deu uma pausa — Queremos que se entregue totalmente a nós e que faça exatamente o que a gente mandar, sem reclamar.

— Mas eu já sou de vocês. — falei com firmeza.

Rafe cerrou os olhos sobre mim.

— Para de fingir que não tá entendendo o que tá acontecendo aqui. — sua voz soou firme e autoritária.

Então sem eu estar esperando, JJ pôs a mão robusta em meu pescoço e o apertou. Olhou firme em meus olhos e disse:

— Entendeu ou quer que eu explique de um jeito mais delicado?

Senti meu coração bater mais forte que o normal.