Capitolo Tredici

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Já estava vestida novamente, encarando meu reflexo no espelho e sabendo que não passaria despercebida com meus cabelos molhados. Toquei em algumas mechas e Leonardo saiu do banheiro, soltando uma risadinha baixa e fechando o botão da calça que usava:

- Preocupada com algo, senhorita Fontana?

- Acho que deveria ter te esperado sair do banho... - Sussurrei, como quem pensasse alto e senti minhas bochechas corarem, o encarando em seguida - O que vão pensar de mim?

Leo se aproximou de mim, tocando em meus ombros e dando beijos suaves em minhas costas, passeando seus lábios quentes por minha nuca, dando uma leve mordida ali, fazendo com que eu fechasse os olhos e me arrepiasse inteira. Era tão gostoso tê-lo assim, tão livre e sem medo. Queria que aquilo durasse pra sempre.

- Minha mãe vai achar que sou maluco por estar envolvido com uma Fontana...

Eu ri, me virando para envolvê-lo pela nuca. Meus dedos acariciavam seus cabelos úmidos ali e mantive meus olhos nos dele. A forma com que me tinha nos braços o tornavam o que ele realmente era: um segurança. Me sentia exatamente assim ali, segura e feliz:

- E estar envolvido com uma Fontana te torna um maluco?

- Claramente. - Sua boca tocou a minha, mas ele não me beijou, esfregava os lábios contra os meus, deixando que sua língua delineasse o inferior - Mas eu não podia imaginar que você seria tão doce, que me deixaria tão sem controle... - Seus lábios desceram por meu maxilar, onde foi trilhando beijos a cada palavra dita - E que eu não conseguiria parar de te beijar... - Desceram um pouco mais, até o pescoço - De te apertar... - Ele me mordeu na altura do colo, bem próximo a um de meus seios e por mais que tivéssemos aproveitado bem as duas últimas transas, quis jogá-lo naquela cama, só para que ele percorresse melhor aquela boca - De te foder...

- Leo... - Grunhi, adorando o cheiro de sabonete que a pele dele estava e pressionei meu corpo contra ele - A gente nunca vai sair desse quarto assim.

Ele riu, envolvendo os dedos entre meus cabelos e me calou com um beijo intenso. A forma como sua língua se enroscou na minha, fez com que eu esquecesse até meu nome e me entreguei totalmente. Leonardo me lambia e provocava, transformando aquilo até numa espécie de preliminar. Não sabia se a intenção dele era me deixar viciada, mas estava quase conseguindo.
Bateram na porta de novo e a voz doce de sua irmãzinha soou alta e ansiosa:

- Leonardo, cadê você? Cadê a sua namorada??? A gente vai comer todos os pães com chocolate.

- Acho melhor sairmos logo daqui... - Sussurrei, enquanto ele encostava a testa na minha e respirava bem fundo. Queria tanto conseguir ler a mente dele naquele momento, eu sabia que teria coisas maravilhosas e bem eróticas naquela cabecinha.

Ele não respondeu, mas se afastou, abrindo a porta e pegando a irmãzinha nos braços, dando cócegas na barriga da menina, que abriu uma alta gargalhada, me derretendo ainda mais:

- Eu pensei que você tava dormindo!! - As mãos de Antonella foram nos cabelos dele - Tava tomando um banhozinho?

- Sim, pra limpar os machucados do meu rosto. - Leonardo apontou pra própria bochecha e ela se esticou para poder beijar os lugares onde ele estava ferido. - Agora eu me sinto muito melhor, grazie Antonella!

Os olhos da menina encontraram os meus e dei um sorriso simpático para ela, me aproximando devagar dos dois, pronta para sair dali e socializar um pouco mais com a família Callegari. Estava até ansiosa para conhecê-los melhor:

- Você desculpa a gente pela demora?

A mãozinha dela alcançou uma das mechas de meus cabelos pretos e com os olhinhos semicerrados, me encarou como se conhecesse todos os meus pecados. Parecia ser algo de família ser tão intensos! 

São Só Negócios - Duologia Família Fontana - Livro IWhere stories live. Discover now