Capitolo Ventisei

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Leonardo Callegari

Violetta, Margarida e Jasmine.

Todas elas tinham nomes de flores, mas imaginei que fosse alguma forma de esconder a própria identidade, como se eu de fato estivesse preocupado com isso.

Às vezes, em meio as nossas trocas de posições, confundia os nomes uma das outras, mas elas também não pareciam se importar, estavam focadas demais em fazer o trabalho perfeito, me deixando ocupado a todo o tempo.

Quando Margarida não estava sobre mim, me cavalgando, estava beijando na boca de Jasmine, enquanto Violetta assistia tudo se tocando. Elas se revezavam entre si, transando comigo ou entre  elas mesmas. A noite parecia enorme, mas de uma forma bem prazerosa. O álcool ajudava, assim como a raiva de tudo que eu tinha em mente. O que eu tinha vivido com Catarina, os últimos acontecimentos entre ela e Fabrizio... mas naquele momento, nada parecia importante demais. Ou era o que eu tentava fingir pra mim mesmo.

Violetta era quem beijava minha boca, esfregando seus seios enormes contra meu peitoral, Jasmine me cavalgava de costas, mas podia sentir que Margarida a tocava entre as pernas,  fazendo com que a amiga contraísse meu pau dentro dela. Tudo era intenso demais e fazia com que me perdesse nas sensações de meu próprio corpo.
Quando eu gozava, elas não pareciam prontas pra ir embora. Duas delas se tocavam em minha frente e outra trabalhava em me deixar pronto de novo com a boca, o que não demorava muito pra acontecer. Não me lembro se foram duas ou três vezes pra mim, mas quando finalmente pegamos no sono, acordar foi terrível.

Sentia como se um carro tivesse me atropelado centenas de vezes e as marcas de unhas que desciam por meu peitoral e costas, queimavam de uma maneira bem desconfortável. Pisquei algumas vezes, olhando para a cama e vendo que as três mulheres continuavam dormindo num sono bem pesado. Estávamos em um dos melhores hotéis da cidade, por motivos óbvios e a diária só terminaria ao meio-dia.

Que horas eram?

Me levantei da cama e peguei meu aparelho celular, vendo que Filippo tinha marcado uma reunião com os Sorrentino, o que me fez bufar e tocar as têmporas com as pontas dos dedos. Minha cabeça pesava, a ressaca estava forte, além da exaustão da noite maluca de sexo que tinha tido com as mulheres.

Tomei um banho gelado e o ardor em minhas costas, fez com que eu grunhisse baixinho. Ri com minha própria inconsequência e respirei fundo, me vestindo de novo e pegando o telefone novamente, informando para meu chefe que estava à caminho de sua casa.
A forma com que Catarina tinha me encarado na noite anterior não saía de minha mente, ela estava tão irada, como se estivesse com ciúme e pronta para pular nas mulheres que me acompanhavam. Não entendia o que se passava na cabeça daquela mulher, já que tinha sido ela quem estragou tudo, mas estava disposto a ignorar tudo aquilo e seguir minha vida da maneira que sempre segui.

Antes de sair do hotel, deixei uma boa quantidade de dinheiro para as moças e avisei na recepção que caso elas passassem do horário de fazer check-out, que poderiam entrar em contato comigo, para que pagasse a multa diária.

O sol estava forte pra caralho ou talvez fosse só a minha ressaca bem intensa, deixando meus olhos sensíveis à luz. Antes de entrar em meu carro, fui até uma loja, onde pedi um café expresso bem forte e sem açúcar para ver se aquela sensação horrível passava e aí então, segui para o carro, olhando mais uma vez a mensagem de Filippo, me preparando psicologicamente para estar frente a frente com Fabrizio de novo. Minha paciente para com aquele playboyzinho de merda estava se esvaindo, o que me deixava preocupado com minhas próprias atitudes. Talvez eu devesse descarregar o pente de minha arma, só por precaução.

Foda-se.

Dei de ombros e acelerei o carro saindo dali, rumo ao local da reunião. Minha cabeça ainda doía, mas o café havia ajudado um pouco. Verifiquei a roupa que usava, me perguntando se estava vestido à caráter para a minha primeira reunião como conselheiro da família Fontana e ri baixinho com meu próprio pensamento.
Eu era o conselheiro da família Fontana! Dio, aquilo era tão estranho de se pensar, tão estranho que não conseguia nem dizer de voz alta ainda.

São Só Negócios - Duologia Família Fontana - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora