34 | Jealousy

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HARRY

Na última noite de natal nos despedimos de Ruby e dos pais dela, e na manhã seguinte os outros foram para casa, restara eu, Liz, Gemma, minha mãe e Michael. Eu criei expectativas demais sobre o nosso jantar, precisei desmarcar a nossa reserva.

Eu sabia que ela não estava se sentindo bem, mas pela manhã eu percebi a dimensão disso.

Virada para o outro lado da cama, totalmente encolhida e tremendo de frio, os cobertores estavam praticamente no rosto dela e eu podia escutar ela choramingando.

- Está tudo bem? - Apoiei a mão no ombro escondido pelas cobertas.

- Estou ótima, não dá para perceber? - Ela respondeu com raiva, a voz rouca me preocupou.

Abri um pouco mais os olhos, eu não esperava essa resposta, mas posso aguentar pela minha pergunta ter sido idiota.

Troquei de lado na cama, ficando totalmente de frente para ela, levei uma das minhas mãos até sua testa, quente.

- O que está sentindo? - Ainda de olhos fechados, não respondeu. - Preciso que me conte, para eu poder cuidar de você. - O cabelo dela sempre é macio, ela deu um sorriso leve quando toquei.

- Desculpe. - Ainda de olhos fechados, parecia tremer de frio.

- Minha pergunta foi idiota. - A pele dela parecia estar pegando fogo. - Me diga o que está sentindo. - Ela abriu levemente os olhos.

- Minha garganta e minha cabeça doem muito, e estou morrendo de frio.

Levantei da cama, eu estava sem uma camiseta, apenas minha boxer me acompanhava, mas pelo frio que ela estava sentindo parecia até que estava do lado de fora.

Peguei outro cobertor para ela, coloquei roupas adequadas e desci, não seria preciso levá-la ao médico, provavelmente pegou um resfriado, um remédio para dor e chá provavelmente iriam ajudá-la.

Eu já esperava que tentasse não tomar o chá, uma das coisas que ela odeia.

- Eu não gosto de chá. - Ela empurrou a xícara com a mão.

- Eu sei, mas precisa tomar, vai te fazer bem. - Ela fez uma careta para a xícara, mas a pegou em seguida. - E depois eu vou te dar uma pastilha para a garganta, deve ajudar.

Sentada na cama com todos os cobertores ao redor dela, encolhida entre os tecidos e tomando o chá dificultosamente.

- É por isso que você não deve dormir com o cabelo molhado. - Dei uma risada abafada.

Ela não quis secar o cabelo na outra noite, disse que o corpo dela doía, os cabelos estavam úmidos quando fomos dormir.

- Eu perguntei se queria que eu secasse. - Me entregou a xícara de chá, não foi tão ruim, tomou mais da metade do líquido.

- Eu sei. - Abri uma pastilha, com certeza ela odiaria também. - Eu odeio essa. - Revirei os olhos.

- Só porque é verde? - Não era das piores, tinha um gosto bom no final. As que ela tinha em casa eram de laranja.

Uma vez com a pastilha na boca, Liz voltou a deitar na cama, totalmente indisposta, o relógio marcava oito da manhã e não havia sinal de outras pessoas na casa.

Abri um espaço entre os cobertores e deitei de frente para ela, eu não tinha nada melhor para fazer. Senti ela se aproximar e se aninhar ao meu corpo, usando apenas uma camisola de tecido fino, adentrei com a mão livre e massageei as costas dela, eu podia sentir que não estava usando um sutiã, o que deixava a passagem da minha mão muito melhor.

Don't let me go • Harry StylesWhere stories live. Discover now