Capitulo 19

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A saída de Lúcio, Castor e Georgette se estendeu madrugada adentro, numa animada noite de bar. Castor não parou de beber um segundo sequer e já dava sinais de embriaguez severa.

Lúcio ficou conversando com a amiga do mordomo por um bom tempo, porém, o interesse ia apenas até a beleza da moça e nada mais. O papo não parecia ser interessante e não fluía como ele imaginou que seria.

Aos poucos, Lúcio começava a olhar o relógio e bater o pé lentamente, dando sinais indiretos de que não estava mais entusiasmado com a conversa após os beijos quentes que ele e a moça trocaram.

Já estava ficando muito tarde e talvez devesse encontrar Castor para que fossem embora.

— Bom, está ficando muito tarde. Posso pegar seu número para nos falarmos amanhã?

— Claro, Lúcio. Deixa digitar! — Disse a moça pegando o celular das mãos de Lúcio muito empolgada.

Lúcio rodou pelo mar de gente naquele bar envolto em fumaça de cigarro que havia no ambiente. Nada de encontrar nem Castor ou Georgette

Todavia, um tumulto próximo ao bar, a esquerda de Lúcio desviou sua atenção. Apesar da música alta podia-se ouvir um homem gritando violentamente com alguém.

Lúcio logo tratou de aproximar-se, inicialmente por pura curiosidade.

— Por que você não para de ser uma bicha?
— A voz rouca que gritava transmitia a raiva.

Após desviar de algumas pessoas e chegar mais próximo da confusão, o motorista sentiu suar frio ao perceber que a voz rouca e raivosa era de um homem grande e forte que segurava Castor pelo colarinho da camisa. Castor estava muito bêbado, mal conseguia manter-se em pé, muito menos seria capaz de defender-se daquele homem.

— Está rindo de quê, seu viadinho de merda? Falei algo engraçado?— O homem que era ruivo falava muito perto do rosto de Castor. Tal homem mantinha o punho fechado e iria desferir um soco no rosto do mordomo a qualquer momento. Para piorar a situação, Castor não parava de rir um momento sequer, o que demonstrava o seu grau de embriaguez.

— Solte ele! — Lúcio já arregaçava as mangas da camisa antecipando-se caso fosse necessário usar a força física.

— Oi, Lúcio ! Quanto tempo! — Dizia Castor com a voz embargada e um sorriso torto acenando para Lúcio amigavelmente como se não tivesse acontecendo uma situação grave.

O mordomo definitivamente não fazia ideia da enrascada em que estava metido.

— E quem é você? Veio salvar sua linda donzela em perigo? — Debochava o homem, ainda mantendo o Castor preso pelo colarinho da camisa com muita força.

— O que vou fazer ou não, não lhe diz respeito. Apenas solte o garoto e ficará tudo bem com você.

— Está me ameaçando, cara? Você está maluco?

Lúcio deu duas tossidas antes de prosseguir.

— Lúcio, você está ameaçando ele, né — castor dizia sem pensar — acho que ele te ameaçou sim. Melhor me soltar ou ele vai acabar com você — Castor disse ao homem ruivo ainda sem entender completamente a gravidade do contexto.

— Eu não vou fazer o que está mandando. Depois de acabar com esse viado o próximo será você! — Bradava homem ruivo para Lúcio.

O motorista suspirou profundamente, como se tivesse entediado após o estranho agressor recusar-se soltar Castor.

A prepotência daquele homem o cegava de tal maneira que foi fácil para a Lúcio pegar um copo com cerveja calmamente em uma mesa ao lado e contar até três. No três, de maneira ágil, Lúcio arremessou o conteúdo contra o rosto do homem agressor. Sua agilidade fora tamanha que quase ninguém percebeu exatamente o que havia acontecido, porém, com sorte, a cerveja acertou em cheio os olhos do estranho homem, que passaram a arder, o impossibilitando de enxergar.

Um marido por contrato Onde as histórias ganham vida. Descobre agora