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Lorena, após ouvir as palavras de Castor, saiu cuspindo fogo até a sala , onde esperava encontrar Bruno. Celeste segurou o mordomo no quarto, que estava ansioso para acompanhar o desenrolar da história.
— Por que você não se mete com as suas coisas, Bruno? Não tinha o direito de dispensar as pessoas que contratei para me arrumar! — A médica ia descendo a imensa escadaria e gritava com raiva.
— Eu não contratei ninguém. Estava simplesmente dormindo aqui e tocaram a campainha... Atendi. Como não eram pra mim, eu fechei a porta e deitei novamente!
Bruno estava todo esticado no sofá, com as mãos atrás da cabeça, relaxado e com ar totalmente despreocupado. O advogado satisfazia-se por saber que atrapalhara o encontro de Lorena com o amigo Eduardo.
— Não minta, Bruno! Eu sei que você não só dispensou os profissionais como os pagou para que fossem embora. Qual o seu problema, hein?
Lorena já estava na ponta do sofá onde os pés de Bruno se cruzavam um sobre o outro.
— Na, próxima, esposinha, você que acorde cedo e atenda as pessoas de quem contratou serviço. Eu não sou seu empregado!
Após dizer isso Bruno ergueu-se do sofá e ajeitou a gola da camisa. Pretendia ir ao seu quarto e tomar um belo banho.
— Imbecil!
— Otaria. — Revidou — Agora me deixa ir porque o dia vai ser longo. E mais tarde tem rodeio em Cajamar!
Bruno soltou essa para saber qual seria a reação de Lorena. Ela negou que faria algo no final de semana.
— Você vai ao rodeio?
— Uhum.
— Vai com quem, Bruno?
— Não é da sua conta, esposinha. Fui! — Bruno pegou o paletó pendurado na mesinha de canto próximo a escada e correu os degraus até o andar superior.
— Grosso! — Gritou Lorena.
Ela já estava se odiando. Como deixava que Bruno a fizesse agir como se fosse uma adolescente de quinze anos? Até o tipo de briga que teve com ele fora digna de um jardim infantil.
— Nem vou falar o que é grosso, Lorena!— Essa fala de Bruno saiu de forma espontânea e debochada, porém, não se virou e continuou rumo ao quarto.
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Com ajuda de Castor e Celeste, Lorena conseguiu se arrumar. Georgetti fora acionada e apareceu no quarto da médica com inúmeras maletas de maquiagem.
— Cheguei! Vou te deixar uma deusa. A mais rainha e bafonica de todo o rodeio! Não haverá mulher mais linda que você, Lorena, em toda a festa! Todos cairão aos seus pés, rainha. Puro-luxo!
A maneira extravagante de Georgetti se expressar alegrava o ambiente e faziam todos rirem. Tudo que dizia era regado a muito exagero. E talvez fosse essa a graça.
— Obrigada por ter vindo, Georgetti. Acho até que poderemos nos conhecer melhor, já que naquele dia foi algo meio desconfortável — Referia-se Lorena ao episódio em que Soraya fora homofóbica.
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Um marido por contrato
RomanceApós comprar o próprio marido, Lorena retorna do Rio de Janeiro para a pequena Jundiaí disposta a provar a todos de seu passado que estavam redondamente enganados. A vingança é um prato que se come frio e Lorena não tem pressa alguma em degustar sua...