Meninas, desculpem o sumiço. Estava viajando hahahah. Dividirei em duas partes esse capítulo para não ficar enorme.
Não esqueçam de me seguir. Please!!!!~*~
O carro fora estacionado por Lúcio na esquina de onde Lorena conseguia ver a igreja com as luzes acesas. Não era pastora Joana que estava no púlpito, e sim seu padrasto, Francisco. O mesmo que a expulsara da cidade alegando que a pobre moça era uma pecadora só por ser quem era — Na época, ainda como Ariel.
O homem falava algo aos fiéis e esses correspondiam com clamores. Dentro do carro, Lorena revia as gravações que Lucio fizera no celular, de seu padrasto beijando e aliciando sexual*mente uma menor de idade que acabava de sair do colégio.
E dez anos haviam se passado desde que fora escorraçada em frente ao templo por Francisco. Porém, lá estava Lorena, com imagens que comprometiam todo o discurso de bom samaritano que o padrasto amava passar ao demais, os enganando, como fazia naquela noite.
— Lucio, conseguiu hackear a rede de Wi-Fi da igreja? — Lorena olhava para o púlpito.
— Só mais alguns minutos, doutora. No tutorial que vi pelo YouTube parecia ser mais simples. — Lucio mantinha um notebook no colo digitando no teclado — Essa senha do Wi-Fi que sua irmã passou está realmente certa?
Lorena abriu a conversa com Fabiana para confirmar a informação. A irmã frequentava a igreja esporadicamente e sabia muitas coisas. Ela repetiu a senha para o motorista.
— Acho que agora foi! — Alguns segundos — Pronto, doutora. Agora com esse programa que instalei, consigo manipular a rede e transmitir pela tela do projetor da igreja o que eu quiser... — dizia Lúcio todo animado, como se estivesse em um jogo divertido.
— Perfeito, Lúcio. Perfeito. E você lembrou de borrar o rosto daquela garota? Ela é menor de idade. Não podemos agir sem pensar! Quero que a minha vingança seja plena.
— Borrei sim, senhora — Lúcio ergueu o note book o mostrando para a patroa que estava no banco de trás — Veja se está bom.
Após uma última verificada, Lorena inspirou, pronta para descer do carro e caminhar em direção ao templo. Toda aquela farsa de Francisco iria para o ralo.
— Bom, vamos descer. Quero ver de perto a cara desse animal!
Lorena colocou seu pé para fora do carro com o salto agulha firmado no asfalto. Ergueu-se poderosa e muito bem vestida, toda de preto. Preto era a cor que usava quando retornou a Jundiaí , representando um luto por tudo o que perdera — e também representava a morte social de Francisco naquele momento, pois após o que estava disposta a contar em alto e bom tom, seria pouco provável que O diácono mantivesse qualquer prestígio .
O mundo dava voltas, e agora era chegava a vez de Lorena de pisar na cabeça do padrasto.
~*~
Dois homens de terno que ficavam na entrada do templo estranharam a moça muito bem vestida e toda de preto. Além disso, as mulheres daquela congregação não usavam batom vermelho como Lorena usava. Porém, não poderiam barra-la , ninguém poderia ser impedido de entrar na "casa de Deus".
Ao lado dela, Lúcio vinha com o notebook fechado preso embaixo do braço, como se fosse uma pasta. Tão logo Lorena assentisse, ele abriria e projetaria no telão em
Cima do púlpito todas as imagens que denunciavam Francisco.Os dois homens da porta acharam estranho o fato das duas pessoas não se sentarem. Pelo contrário, foram caminhando por entre os bancos em direção ao púlpito.
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Um marido por contrato
RomanceApós comprar o próprio marido, Lorena retorna do Rio de Janeiro para a pequena Jundiaí disposta a provar a todos de seu passado que estavam redondamente enganados. A vingança é um prato que se come frio e Lorena não tem pressa alguma em degustar sua...