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Fabiana era oficialmente namorada de Higor, seu amigo de infância e por quem nutria uma paixão platônica, dessas dignas de uma novela.
Um namoro fake, mas era.Porém, a irmã de Lorena mal sabia os problemas que viriam por conta disso. Catarina, a ex-namorada de Higor, talvez não tivesse digerido bem toda a situação e quisesse demonstrar seu descontentamento de uma maneira não muito agradável.
Enquanto caminhava pelo corredor em direção a sala para sua primeira aula do dia, Fabiana apenas percebeu um obstáculo no caminho quando já tombava ao chão. Catarina havia colocado o pé na frente e derrubara a garota.
— Gente, a esquisita caiu no chão! — Catarina , tal como uma garota popular dessas de filme americano, chamava a atenção do colégio para a humilhação que Fabiana estava prestes a sofrer.
Por conta da queda, os óculos da irmã de Lorena foram parar longe. Definitivamente não havia sido um bom dia para perder as lentes.
— Tá procurando o quê, esqusitona? — Catarina pisou na mão da rival, que tateava o chão à procura do óculos.
Toda a rodinha em torno das duas ria da crueldade com que Catarina agia.
Catarina era admirada por toda a escola. Alta, loira e de curvas provocantes. Parecia ter passe livre para fazer o que bem entendia. Seu namoro com Higor acontecia simplesmente porque o jovem era a estrela do time de vôlei.
— Mas escuta uma coisinha — Catarina agachou-se — Afaste-se do meu namorado, tá me ouvindo?
E nisso o sinal para que todos fossem para suas aulas tocou. Fabiana conseguira pegar seus óculos, mas percebeu que uma das pernas estava quebrada. Catarina pisara de propósito para quebrar.
— Esqusitona. O recado tá dado!
Fabiana ergueu-se, juntou os livros caídos e correu para o banheiro chorar.
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— Celeste Caldas Bueno — Chamava a atendente do consultório.
A senhora entrou na sala e o médico pediu que ela se sentasse. Ele Estava com a radiografia de seus pulmões para analisar.
— E a senhora tem tido febre? — O médico olhava as imagens as colocando contra a luz. E pela expressão, o homem parecia preocupado com o que via.
— As vezes sim, doutor. Mas baixa com dipirona. Me sinto bem.
O médico juntou as radiografias e as dispôs sobre a mesa. Retirou os óculos e pigarreou.
— Entendo, dona Celeste. Entendo... Bem, há um nódulo no ápice do pulmão esquerdo. Maior que 4 cm. Talvez um pouco de derrame pleural associado...
Celeste engoliu em seco, temerosa pelas palavras do doutor.
— O que seria esse derrame pleural, doutor?
— Como Se fosse água em torno do pulmão.
— Entendo. Mas é grave?
O médico suspirou.
— Não posso afirmar. O passo seguinte é biopsiarmos o nódulo e mandar a amostra para a histopatologia. Para termos uma ideia melhor sobre essa alteração. Além disso pretendemos retirar uma quantidade do líquido nos pulmões para também avaliarmos.
A tosse recorrente, os episódios de febre e as radiografias alteradas faziam Celeste pressentir que a situação não era boa. Mas não diria nada a Lorena para não preocupar a patroa. Celeste decidia que cuidaria daquela situação sozinha.
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Um marido por contrato
RomanceApós comprar o próprio marido, Lorena retorna do Rio de Janeiro para a pequena Jundiaí disposta a provar a todos de seu passado que estavam redondamente enganados. A vingança é um prato que se come frio e Lorena não tem pressa alguma em degustar sua...