Capitulo 25

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O show da Marília Mendonça havia sido incrível, porém, com a movimentação das pessoas e idas e vindas as barracas de bebidas, o quarteto se desfez. Na verdade, apenas Lorena havia sumido e todos acreditavam que ela havia ido ao banheiro e logo voltaria.

Porém, nada dela retornar. Bruno ficou impaciente , tentando não demonstrar preocupação. Ao se atentar a Eduardo, o reparou de cabeça baixa. Com Serena tentando acudi-lo.

— o que aconteceu com ele? — Perguntou Bruno aproximando-se.

— Acho que Eduardo bebeu um pouco demais. Talvez precise vomitar! — Serena chamava por Eduardo.

— Eu tô bem. Tô ótimo! — Eduardo tinha a voz embargada por conta da embriaguez.

E nisso, após um gorfo, o rapaz se impulsionou para frente e vomitou um jato amarelado de bile. Realmente não estava nada bem.

— Precisamos levá-lo para casa, Bruno! Cadê a Lorena?

Bruno olhava ao redor, se fazendo a mesma pergunta.

— Também gostaria de saber. Ela
Simplesmente sumiu!

Serena caçava a médica pela multidão, alternando sua atenção entre sua busca e os cuidados com Eduardo.

— Bom, e se eu levar Eduardo embora e você ficar pra procurar Lorena? Não gostaria de ficar sozinha aqui, somente duas mulheres nesse mundo de gente.

— Claro, claro!

Bruno tentava conter sua alegria. Por que estava contente em ficar somente Lorena e ele na festa? Sem Serena ou Eduardo? O rapaz até mesmo tentou forçar uma cara de desânimo e frustração.

— Que pena isso, cara. Você vai perder boa parte da festa!

— Tá tudo bem! Haverá outras vezes! Posso pegar a chave da picape com você?

— Claro, Serena. Tome!

— E vai querer que eu busque vocês dois depois!?

— Relaxa. Assim que encontrar Lorena eu peço um Uber. Aí amanhã passo na sua casa para pegar meu carro!

Nesse meio tempo, Eduardo parecia manifestar algum tipo de recuperação, se recompondo na forma ereta.

— Já estou ficando melhor, gente! Ninguém precisa ir embora porque...

E antes de terminar a frase, um novo jato de vômito saiu da boca de Eduardo.

~*~

Já passavam das onze quando a campainha da casa de pastora Joana tocou. A mulher levantou-se do sofá e vestiu um roupão qualquer. Quem poderia ser?

Pelo olho mágico ela pode ver um homem de terno e feição um pouco desconfiada, como se temesse ser observado. Ela o conhecia. Era o detetive que contratara para verificar a história entre Francisco e Soraya.

— Por que não ligou? Entre, vamos! — Disse pastora Joana ao detetive ao abrir a porta.

— Desculpe, senhora, eu não uso telefone no trabalho. Todas as informações são ditas diretamente ao cliente. Bem como todo o material coletado. Prefiro não deixar registros do meu envolvimento no caso.

Joana pediu para o homem se sentar. Ele dispôs sua maleta sobre as pernas.

— Por que não veio pela manhã? Já está tarde!

— Me perdoe novamente. É que amanhã viajarei a trabalho e como prezo pela entrega dos meus serviços na data prevista, resolvi me antecipar.

A explicação era plausível e aos poucos pastora Joana relaxava.

Um marido por contrato Onde as histórias ganham vida. Descobre agora