Capitulo 31

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E o pedido de Lorena não poderia ser o melhor possível . Bruno conseguiria matar dois coelhos com uma tacada só, pois além de ganhar a aposta, ele deixaria sua esposa lhe devendo um favor.

— E quando será o tal baile?

— Na proxima Quinta. As 20 h. — Respondeu Lorena tentando não rir de Bruno acariciando a barriga da gata.

Bruno fingia que pensava, quando de fato já sabia que aceitaria o convite. Queria apenas causar suspense.

— Vai ou não? Preciso responder o convite.

Lorena estava prestes a desistir.

— Eu vou. Mas fique sabendo que me deve um favor!

Lorena sorriu com deboche.

— Como quiser, maridinho!

Bruno colocou Beatriz no chão. A gata alongou as patinhas e bocejou, esbanjando preguiça.

— Por que me chamou de "maridinho"?

— Ué, porque você me chama de "esposinha"!— Lorena já tomava o rumo do próprio quarto, balançando a bolsa despreocupada enquanto caminhava.

— Não tem a mesma graça quando você faz isso, viu? — Berrou Bruno para a esposa que já estava distante.

~*~

Soraya havia sido convidada por Serena para um encontro após o jantar. O que caiu como uma luva, já que Há dias que a megera estava tentando contato com a moça.

Soraya desejava usá-la como uma maneira de afastar Bruno e Lorena. A madame não era boba e já começava pressentir uma movimentação estranha. O sobrinho até havia parado de se queixar do casamento e os olhares entre ele e a médica podiam ser vistos da Lua.

Logo, Soraya queria garantir que nada entre os dois existisse, apesar de ainda apostar que o sobrinho não seria capaz de envolver-se com uma mulher como Lorena.

— Ha quanto tempo não nos vemos, Serena! Desde aquele incidente no jantar...

As duas estavam sentadas uma de frente para a outra na sala de estar.

— Sim, Soraya. Mas já estou bem. O neuro disse que a medicação para epilepsia já deveria ter sido ajustada e por conta disso ocorreu tudo aquilo. Mas graças a Deus nunca mais tive qualquer crise. — Serena bebia um suco de laranja fresco.

— Fico muito feliz por saber que está bem. E... Bom, como você e Bruno estão? Aquele amor de adolescência ainda existe?

A megera sorria satisfeita, imaginando que havia uma aproximação entre o sobrinho e a moça.

— Eu não sei dizer ao certo. Acho que somos amigos por enquanto. Pelo menos Bruno não manifesta qualquer aproximação, ou uma insinuação de que queira algo mais.

O riso de Soraya ia sutilmente desaparecendo conforme Serena falava.

— Ah, mas creio que seja apenas impressão sua. Bruno vive falando de você — Mentia — Balthazar pode confirmar o que digo. E o jeitinho que ele te olha... Ah ...— Suspirava Soraya — É tão lindo de se ver! Faço muito gosto desse namoro, viu? Tê-la como sobrinha e da família seria um sonho!

— É, pode ser que eu não esteja notando. Também ando atarefada. E Bruno sempre foi meio na dele e demonstrava pouco os sentimentos, né?

—Claro que sim, querida! Até mesmo foram ao rodeio juntos! Ele me contou que convidou você.

Um marido por contrato Onde as histórias ganham vida. Descobre agora