PENULTIMO CAPITULO

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Penúltimo capítulo da primeira temporada
~*~

Fora um dia horrível para Lúcio. Acabava de saber pelo Instagram que sua ex-noiva já estava de namorado novo. Não havia muitos meses que se separaram, mas parecia que ela dera um passo à mais para esquecê-lo de vez.

O motorista sentia que estava curando a ferida da separação, porém ao ver a imagem pelo celular sentiu o ego ferido e já se confundia entre o que era sentimento pela ex e o que era dor de cotovelo.

Então apostou na dor de cotovelo e esse tipo de dor se curava de uma maneira: na mesa de um bar bebendo todas que pudesse.

Até pensou em  chamar Castor, porém da última vez que se falaram o mordomo lhe dera uma resposta tão atravessada que talvez não houvesse clima para um fazer companhia ao outro. Além do mais, o namorado de Castor tomava todo tempo que ele tinha livre. Poderia até ser que o mordomo recusasse simplesmente pelo fato de não ter disponibilidade.

Mas não era a primeira vez que iria a um bar sozinho afogar mágoas. Daquela vez não seria diferente. Seria o tempo de deixar a doutora no aeroporto e depois chorar as mágoas no álcool.

~*~

Se um ia ao bar, o outro chegava dele. Era o terceiro dia consecutivo que Bruno voltava embriagado para casa. A aparência era a mesma: cabelos bagunçados, gravata de nó frouxo e paletó na mão direita.

O advogado deparou-se com o tio e a tia sentados no sofá tomando café.

— Meu filho, que houve com você? — Soraya arregalou os olhos deixando sua xícara sobre a mesa se centro.

— Nada demais , tia. Só bebi — Bruno sorria com o rosto inchado de álcool — Oi tio, como vai??? — Ria do nada.

— Bruno você cheira a álcool puro. Aonde quer chegar bebendo dessa forma? — A megera reprovava o sobrinho como se fosse uma santa, e não uma assassina ou estelionatária.

— Aonde quero chegar? — A fala arrastada era entrecortada e de entonação embargada — No inferno talvez? — Dessa vez o rapaz esboçou uma gargalhada exagerada.

— Bruno, não fale assim! Que horror! Somos todos cristãos nessa casa! — Soraya horrorizava-se — Balthazar, não vai dizer nada ao ver seu sobrinho nesse estado deplorável?

O homem suspirou. De fato Bruno agia diferente do que era. E sua experiência lhe dizia que o sobrinho provavelmente sofria por alguma garota.

— Muito bem — Balthazar levantou-se de sua poltrona — Poderia me deixar a sós com ele, Soraya? Talvez precisemos de uma conversa de rapazes!

— O que vão conversar demais que eu não possa ouvir? — Indignou-se a mulher.

— Depois eu te conto, querida. Somente nos deixe sozinhos por alguns minutos, tudo bem?

De bico e contrariada, Soraya subiu para o quarto.

~*~

— Não quero falar de nada, tio! — Bruno tentava subir as escadas.

— Nada disso. Senta aí, rapaz. Vamos conversar sim. Conta pro seu tio: quem é ela?

Balthazar puxou o sobrinho e o sentou no sofá. Bruno praticamente despencou.

— Não sei do que está falando. —Desconversou.

— Ah, Bruno! Eu já tive sua idade. Sofri por mulher. Conte ao seu tio o que está te machucando. Quem sabe meus conselhos não o ajude? Descontar na bebida não funcionará. Acredite.

Um marido por contrato Onde as histórias ganham vida. Descobre agora