Enfermaria

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"Sempre que quiser um beijo

Eu vou te dar
Sua boca vai ter tanta sede
De me tomar
Se quiser!
Sempre que quiser ir as estrelas
Me dê a mão!
Deixa eu te levar..."

Se Quiser - Tânia Mara

Ao ver Sophia sentada na maca da enfermaria, Miguel lembrou que fora justamente por ter levado ela aquele local no primeiro dia de aula que toda aquela história começara.

O que teria acontecido se tivesse deixado Sophia a sua própria sorte na sala da diretora? Provavelmente ela não teria visto André beijando Marina, se visse, Miguel com certeza não estaria por perto, não seriam motivo de fofoca e, por fim, não seria alvo das maldades de seu fã clube indesejável.

Deveria se afastar dela.

Seus olhos negros se encontraram com os ambares, se preparava para dizer dali mesmo que estava tudo acabado entre eles quando Sophia lhe endereçou um sorriso gentil e insuportavelmente delicioso. Como se estivesse enfeitiçado, Miguel se esqueceu do que pretendia falar, se aproximou e a abraçou, se encaixando entre as pernas dela. Mesmo ciente que Sophia estaria bem melhor e mais segura sem ele, não queria abrir mão dela, pelo menos não por enquanto.

Como poderia se afastar? Necessitava abraça-la, beija-la e toda uma série de ideias que, até o momento, nem ao menos se atrevia a pôr em prática. Cada olhar dela para André o irritava, cada vez que Nathan ou Davi se engraçavam pra cima dela uma sensação esquisita tomava contra de seu ser, uma vontade de carrega-la pra bem longe deles e deixar claro que Sophia era sua, somente sua, e também deixar isso gravado na mente e no corpo dela.

Tentando dominar seu louco desejo, Miguel apoiou o rosto de Sophia em seu ombro e acariciou os fios azulados numa carícia lenta, sentindo um cheiro suave de lavanda.

— Como se sente?

— Um pouco dolorida... — respondeu Sophia se aconchegando um pouco mais nos braços de Miguel. — Ouvi a voz do Leonardo e do Davi.

— Eles me acompanharam até aqui. — Miguel cerrou os lábios, ainda irritado com o ataque de Davi. — Parece que todos os rapazes que te cercam se preocupam demais com você. — Sério pontuou: — Nathan, Leonardo e Davi.

— Nathan é meu primo, fomos criados juntos. Davi e Leonardo são meus amigos, eles se preocupam comigo tanto quanto eu me preocupo com eles — explicou, apreciando de olhos fechados o cheiro amadeirado do perfume que ele usava e a carícia em seu cabelo.

— O Leonardo pode ser, mas o Davi e o Nathan... Você não percebe mesmo não é? — Miguel se afastou um pouco, obrigando Sophia a olha-lo nos olhos. — Passou tanto tempo observando e copiando tudo que André fazia que está quase igual a ele.

Sophia estranhou as palavras de Miguel, até porque pareciam estar carregadas de ironia.

— O que o Nathan e o Davi querem de você é o mesmo que eu — falou Miguel acariciando sua face.

— Do que está falando?

— Disto.

Segurando o rosto de Sophia com as mãos, Miguel a beijou de forma intensa, sugando os lábios pequenos com todo desejo que sentia por ela, apreciando quando o correspondeu e enlaçou seu pescoço, puxando-o.

A entrega dela fez com que soltasse seu rosto, espalmasse ambas as mãos nas costas dela e a apertasse com força contra si. Devido à posição em que estavam seus corpos se encontravam unidos de uma forma que nunca estiveram até aquele momento e isso, aliado ao fato de Miguel não pensar em outra coisa nos últimos dias, fez com que, diferente das outras vezes que a beijara, levantasse a camisa que ela usava até a altura dos seios e deslizasse um das mãos pela pele nua da cintura fina da jovem e com a outra agarrasse possessivo a coxa da namorada, puxando-a ainda mais contra ele e fazendo com que sentisse o quanto a desejava.

Meu Coração quer Amar e ser AmadoWhere stories live. Discover now