Estou à mais de uma hora escutando mamãe falar sobre o meu progenitor e sobre eu ir vê-lo, mas de verdade, não quero, meu pai me tratou como um lixo e agora quer me ver, com certeza deve estar precisando de alguma coisa.
__ não mãe, eu não vou!__ falo pela milionésima vez, e a mesma me encara furiosa.
__ vai sim, e pronto, vai pelo menos ouvir o que ele tem a dizer, quem sabe pode querer pedir desculpas.
Fico séria e ela de braços cruzados me encarando da mesma forma, eu odeio quando ela faz isso, porque ela tem um poder de persuasão do caralho e sempre me convence, e talvez ela acredite que exista algum arrependimento sobre mim no meu pai, mas duvido muito.
__ não eu não vou! Nem adianta fazer cara de mandona.
__ olha eu vou te explicar do jeito legal, você prefere falar com seu pai, ou apanhar com o sincerão?
__ ah não mãe! Isso não, e já sou grandinha para apanhar do sincerão.
__ será mesmo?__ questiona e suspiro.
Sincerão é um cinto de couro com alguns pinos que perfuram de um jeito ruim a pele, e eu já apanhei com ele até falar a verdade sobre ter comido o pudim dela, e aí ela me batia e dizia. " seja sincera Anna " e confessei, e aí o batizou de sincerão, cada vez que fazia algo de errado ela me colocava contra a parede dizendo que ia me bater com ele se eu não contasse a verdade, então já sabemos que ela sabe muito da minha vida.
Bufo de raiva e desanimada.
__ jogando baixo senhora Johnson, ok, me convenceu, não espere que eu seja gentil.
__ nem tente achar o sincerão, ele está bem guardado, mas se caso achar eu te dou uma coça com ele, agora espera aí que vou meu arrumar.__ diz como se nada tivesse acontecido.
Essa é a minha mãe, calma e passiva.
Mandei mensagem para o meu noivo, que inclusive, ficou bastante preocupado quando eu saí.
Não demorou nem um minuto e ele me respondeu, sorri ao ler que viria para nos acompanhar, coloquei o celular na bolsa, e observei minha linda mãe, usando um vestido azul claro solto de alcinha, ela estava linda.
__ mãe, a senhora está linda.__ afirmo s ela sorri.
__ eu sei Anna, tenho espelho aqui em casa filha.__ diz e gargalho.
__ claro!__ digo, e ela me oferece um café, e aceito de bom grado, o café da minha mãe é perfeito, ficamos conversando sobre papai ter trocado ela por uma moça que conheceu em algum lugar e se apaixonou, e tudo bem se apaixonar, mas chifrar a minha mãe, que sempre o ajudou e lhe deu apoio nas piores situações é sacanagem.
Ela devia nunca mais olhar na cara dele, eu sou assim, mas mamãe sabe ser convincente.
Escutamos o som da buzina do Matteo, e saímos ele ficou olhando para nós duas, e mamãe ainda deu uma voltinha para ele analisa-la melhor.
__ vocês estão lindas!__ diz e sorrimos.
__ obrigada genro gato, se não fosse a Anna eu te pegava.__ mamãe diz e eu fico incrédula olhando para a mesma.
__ fecha a boca que a farinha tá pouca.__ fala e entra no carro, e direto no banco da frente, junto ao Mateo, mas que mulhere ousada.
(...)
Alguma horas de carro, chegamos ao nosso destino, mas, o que estranhei foi o Matteo ficar olhando tudo como se já tivesse vindo aqui antes.
__ algum problema?__ pergunto e ele me encara sério.
__ eu já estive nesse lugar antes ... a Gabriele mora por aqui.__ diz e eu não podia estar mais feliz, só que não.
__ vamos logo Anna.__ mamãe diz, saindo de dentro do carro, abrindo a porta e me puxando para perto de uma casa muito humilde, porém muito bonita.
Olhei para minha mãe, e agora ela não parecia tão destemida quanto antes.
__ ei, que carinha é essa?__ pergunto e ela me dá um sorriso amarelo.
__ são anos sem vê-lo filha, tenho medo da minha reação.__ seguro sua mão com mais força e sorrio tentando conforta-la.
__ não se preocupe, estarei do seu lado.__ falei e ela me abraçou, em seguida, apertou a campainha, ficamos esperando por alguns minutos, até uma jovem abrir a porta.
__ quem são vocês?
__ eu sou Harry Potter, e esta é Hermione Granger, vai chamar o trouxa do seu pai linda.__ falo e mamãe me belisca.
__ se comporta, que tu não está na tua casa.__ diz séria, e eu observo que o sermão que me deu foi somente para não sorrir.
E mordi os lábios ao perceber que quando está irritada o sotaque brasileiro vem com força, e simplesmente amo os sermões que me dá na nossa língua, sempre com um " tu " que me faz lembrar o vovô Mario, afinal ele era o brasileiro e a vovó Marie italiana.
A garota fechou a porta, depois quem abriu foi ele, não queria vê-lo, mas cansei de fugir disto.
Passei tantos anos tentando encontra-lo e quando finalmente o achei, fingiu ser meu amigo, fingiu me entender somente para me humilhar depois e fingir que não existo, esfregar em minha cara que estava feliz com a vidinha dele, com as filhas e esposas perfeitas, dios mio, eu tenho irmãos e também a certeza de que ele nunca mencionou sobre mim para elas, e se falou nutro o desgosto de ter a certeza que disse com desdém.
Aquele homem asqueroso só teve o prazer de me fazer e depois que conseguiu largou a minha mãe e a mim na rua da amargura como se não fossemos nada para ele, e realmente naquele último dia em que nos encontramos, conclui que realmente não passávamos de mera lembranças péssimas que teve em sua vida.
E se pra ele eu e minha mãe não valíamos nada, para mim também ele não valia, só me achei burra demais por perceber isto tão tarde, as vezes preferiria ter ficado com a falsa ilusão de que meu pai não tinha nos abandonado, e que era um bom homem e não isso, esse projeto de merda em nossa frente.
Por que tudo que sinto diante dele é ânsia e nojo, se for pecado odiá-lo então levarei para o meu túmulo.
***
Sav, meu pano é verde da cor dos olhos do Matteo
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Atraída Por Um Mafioso- livro 4- série: Mafiosos Impecáveis
العاطفية"Passado e presente andam lado a lado, e uma hora, eles vão colidir e te levar a um único momento, onde decidirá toda a sua vida" Um dos mafiosos mais temidos da Itália, guarda consigo uma dor enorme, não de culpa, mas sim, uma dor muito maior do qu...