Always Somewhere (Aonung x Neteyam)

1. O guerreiro solitário

Notas

Oioi pessoal! Antes de tudo, obrigada a todos que votaram, comentaram ou visualizaram a fic <3 fiquei muuito feliz!

Este capítulo ficou ENORME, me desculpem, prometo que nos próximos vou me controlar kk

Espero que gostem!

PS: Escutem essa música das citações, tem vários edits do aunung e do neteyam com ela <3 Laninha só faz obra de arte

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Say yes to heaven (diga sim para o céu)

Say yes to me (diga sim para mim)

If you go I'll stay (se você for, eu ficarei)

You come back I'll be right here (Você voltará, eu estarei bem aqui)

Like a barge at sea (como uma barcaça no mar)

In the storm I stay clear (na tempestade eu fico clara)

Lana Del Rey - Yes to heaven

10 anos depois

Os ikrans rosnaram em pleno voo, exaustos pelo esforço ininterrupto. Os suntuosos rios cristalinos cercados por florestas densas serviam como um belo plano de fundo para a jornada que agora parecia infinita. Em cima de cada ikran estava um na'vi na sua tradicional postura de voo. Além do bater das asas dos animais, o único som que poderia ser escutado dali era a movimentação dos grandes titãs cabeça de martelo, que andavam juntos em busca de alimento.

No céu, os ikrans voavam em formação. Em duplas, faziam um formato de "V", até que restasse apenas um na frente, sem companheiro para voar. Os na'vis que voavam próximo do ikran solitário se remexeram, inquietos.

— Neteyam! – Gritou um deles, despertando a atenção do rapaz à frente. – Podemos parar para descansar? Nossos ikrans estão exaustos!

Neteyam fitou o garoto que o tirou de sua concentração. Tou'li o encarava com olhos levemente inseguros. Apesar da pouca idade, ele vinha fazendo um bom treinamento e era muito conectado com os animais da floresta. Essa foi sua principal motivação para se voluntariar como um guerreiro da equipe de Neteyam.

Sabendo que os demais rapazes concordavam silenciosamente, o Sully fez um sinal para que pousassem na beirada de um dos rios.

— Não ficaremos muito tempo.

Ninguém ousou discordar.

***

Não muito tempo depois, estavam no céu novamente. Neteyam também se compadecia por seu gentil ikran, que se dedicava tanto quanto ele nas missões, por isso, saiu de sua postura impecável para fazer um carinho no longo pescoço do animal. Mandou uma onda de agradecimento via tsaheylu e sorriu discretamente ao receber o mesmo carinho de volta.

O vento fazia suas tranças, ligeiramente mais longas agora, escaparem de trás das orelhas. Com as pinturas típicas usadas pelos guerreiros e os adereços em sua testa, tranças e pescoço, ele não deixava dúvidas para os garotos que o admiravam: Era o maior guerreiro da tribo Omatikaya.

Sobrevoaram a floresta, em alerta. Não estavam próximos das montanhas aleluia onde moravam. Há semanas buscavam vestígios de bases e assentamentos humanos na floresta ao norte do território Omatikaya. As buscas, no entanto, foram infrutíferas, o que fez os guerreiros jovens de seu esquadrão suspirarem de alívio.