Always Somewhere (Aonung x Neteyam)

21. A Última Sombra

Notas Iniciais

Oii meus amores, postando com um pouco mais de antecedência por motivos de ansiedade mesmo kkkk

Muito obrigado a todos que ainda estão dando uma chance pra esta história <3 

Se preparem porque temos aparições MUITO ESPERADAS nesse cap!

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What you are given (O que lhe é dado)

Can't be forgotten (Não pode ser esquecido)

And never forsaken (E nunca abandonado)

Cold – Aqualung ft. Lucy Schwartz

Quando sua consciência frágil se transferiu para o outro corpo, foi como voar por um mundo de luz, que se apagava subitamente na chegada.

Eiji, em sua forma avatar, custou muito para abrir os olhos. E, mesmo quando o fez, não escapou da forte desorientação. Praguejou internamente quando percebeu que não havia como fugir da dor do tiro em seu abdômen, mesmo que o corpo de seu jovem avatar imaturo estivesse em perfeitas condições.

Gemendo e com pouco controle dos movimentos, Eiji se ergueu da maca e cambaleou até a porta para sair dali. Sua visão oscilava ligeiramente, reflexo da situação urgente que seu corpo humano se encontrava.

Lembrando-se de seu corpo original, o jovem avatar se apoiou na parede e virou para trás. Ignorou o estranhamento por ver seu próprio rosto no monitor, adormecido, focado na conexão.

Dando um longo suspiro para superar a fraqueza e a dor, Eiji abriu a porta e caminhou bambeando pelos corredores, em busca de Tai'Ren. A desorientação desordenava completamente o plano que havia feito milimetricamente.

Mas, ainda assim, Eiji manteve intacto o número da sala aonde precisava ir.

O problema é que a base estava um completo caos. Sons de disparos e explosões se mesclavam com o alarme ininterrupto da invasão. Havia gritos de raiva e pânico. Pessoas correndo, equipando suas máscaras ou morrendo por não as alcançar.

Contudo, no meio do horror, enquanto se arrastava pelos corredores cuja iluminação começava a falhar, Eiji escutou crianças chorando. O som animou suas orelhas sensíveis e ele se aproximou do local, zonzo.

Quando virou em um novo corredor, viu Jean correndo em sua direção acompanhado de muitas crianças de mais variados tamanhos, muitas chorando ou soluçando, assustadas com as explosões. Felizmente, todos eles estavam protegidos da atmosfera tóxica de Pandora, pois portavam suas máscaras.

— Jean! – Gritou Eiji se apoiando na parede com uma súbita fraqueza. -...por que estão aqui?

— Sabia que tentaria se conectar ao avatar! A gente queria te ajudar, mas tô vendo que já conseguiu!

— É...- O maior ofegou.- Sim.

— Você está bem? Não se adaptou com a conexão?

Eiji até poderia explicar o que havia acontecido e revelar a situação de seu corpo, mas não podia perder mais tempo.

— D-depois explico. Vamos!

Jean puxou algumas crianças mais resistentes pelas mãos, mas no geral, todos pareciam concordar em não ficar parados, por isso, seguiram junto com o avatar.