11. Em terras ancestrais

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Notas Iniciais

Oii gente! Desapareci de novo, mas é que estava trabalhando aos poucos nesse capítulo enorme haha

Aproveitando o espaço, quero muito agradecer todo mundo um milhão de vezes <3 pois a fic chegou em 4k de votos e logo logo completaremos 30k de leituras! SCRR 😭😭😭😭 vocês não existem!

Pra deixar todo mundo ainda mais feliz, temos várias artes lindas no final do cap 🥺❤🛐 Agnar_ e  TiaValdez não cansam de nos tombar <3

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A solidão quem me ensinou a ser mais forte

E a qualquer lugar eu vou sem medo

O inferno são os outros - Detonautas


— Tai'Ren, o que está fazendo!? – Aneya gritou ao ver o outro cambaleando em direção à mulher na'vi.

O Sully puxou o totem do pescoço e não desviou os olhos do enorme thanator enquanto respondia em um sussurro urgente:

— Abaixa a arma e fica atrás de mim.

— Mas...

A mulher girou com mais intensidade as sementes flamejantes, ameaçando jogar a espécie de boleadeira em ambos.

— Abaixa logo isso, Aneya! – Tai'Ren soou mais ríspido e ergueu mais os braços quando o animal parou a sua frente. – Por favor, espera!

Com o coração martelando, Aneya confiou no rapaz e baixou a arma, olhando de canto para o corpo de Eiji desacordado na grama rasa. Subitamente inseguro com a ideia de ver Tai'Ren tão exposto ao perigo, o Metkayina precisou conter o ímpeto de mostrar as presas outra vez.

Tai'Ren, por sua vez, fechou os olhos, se preparando para ser atingido pelo thanator, mas manteve as mãos para cima, apontando o totem para frente. Seu coração martelou quando a respiração do animal ficou muito próxima, mas o ataque não veio.

Mais um grito da mulher o fez abrir os olhos a tempo de ver o majestoso thanator que a servia, se curvar para que ela descesse. Aneya ameaçou dar um passo em direção ao menor, mas se conteve ao ver a postura firme do rapaz a sua frente.

A mulher na'vi era alta e de corpo esguio. Parecia madura e Tai'Ren imaginou que ela tivesse a idade de Neteyam ou Ao'nung. Seus cabelos estavam inteiramente presos e ornamentados por uma espécie de cocar com contas e raízes que formavam algo parecido com um filtro dos sonhos no alto da cabeça. Havia uma pintura em sua testa, como um "V" em amarelo. E seus braços eram repletos de braceletes. No geral, ela se assemelhava aos Omatikaya no tom de pele e seus olhos amarelos encaravam os estranhos na'vis com desconfiança.

Com o olhar afiado sobre si, Tai'Ren engoliu o seco antes de quebrar o silêncio:

— Irmã na'vi... Não somos inimigos.

Os animais ao redor dele se agitaram, abrindo mais as cristas barulhentas como se não acreditassem em suas palavras. Aneya trincou os dentes. A mulher passou os olhos diversas vezes por Tai'Ren antes de se aproximar, mostrando que tinha uma estatura bem maior que a dele. Ela tocou o coque trançado e depois as tatuagens no peito de pele escura, com o rosto franzido.

— Você é diferente. – Comentou ela, segurando com uma das mãos o queixo fino do rapaz, analisando o rosto ferido, enquanto a outra mão permanecia segurando as cordas flamejantes. – Pele estranha, olhos e marcas. O que quer aqui? De onde vem?

Always Somewhere (Aonung x Neteyam)Onde histórias criam vida. Descubra agora