9. Teoria do Caos

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Notas Iniciais

Eu não tenho muito o que dizer sobre essa capítulo.

Estamos entrando em uma parte crucial da história.

Boa leitura!

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Is there anybody out there (Há alguém lá fora)

Walking alone (andando sozinho)

Is there anybody out there (Há alguém lá fora)

Out in the cold (Lá fora no frio)

One hearbeat (Um coração bate)

Zoom into me - Tokio Hotel


Ao'nung franziu o cenho, quase sem acreditar no que estava vendo.

Um garotinho na'vi caminhava por entre as árvores, batendo nas longas flores amarelas que brilhavam com o toque, como se quisesse iluminar seu caminho. O Metkayina olhou ao redor, em alerta, prevendo que adultos apareceriam. Mas conforme o menino ia andando pela floresta escura, sempre perto das flores que iluminavam, começou a acreditar que ele estava sozinho ali.

Ele estaria voltando para casa?

Apertou a lança com força e o seguiu, silencioso. Algumas coisas lhe chamavam atenção em tudo aquilo. Primeiro, o garoto era muito pequeno e magro. Pelo tamanho, Ao'nung imaginou que deveria ter no máximo 3 ou 4 anos. O que só tornava a situação mais estranha, afinal, por que uma criança tão nova andaria sozinha na floresta noturna?

E segundo: o garoto não parecia de nenhum clã que Ao'nung já tivesse visto. A pele era mais clara e opaca que a sua, em um tom de azul que nunca viu em outro na'vi. Pelo ângulo em que estava não podia ver o rosto dele, principalmente devido aos cabelos longos e em formatos de ondas estarem soltos, caindo rebeldes, sem qualquer trança ou acessório.

Os pezinhos continuavam explorando a floresta distraidamente. Quando ele via alguma flor colorida no chão corria e saltava sobre ela, como se fosse um grande obstáculo, soltando uma risadinha divertida logo em seguida. Ao'nung tentou manter os ouvidos atentos para saber se estava se encaminhando para alguma vila na'vi ou qualquer lugar onde pudesse ficar cercado. Sua mente ainda não conseguia entender porque a ilha parecia habitada, sabendo que havia uma base do Povo do Céu ali.

A base ainda existiria? Os humanos eram pacíficos e conviviam com os na'vi? Ou tinham sido expulsos pelos mesmos na'vis que agora moravam no local? Os questionamentos eram muitos e o fez morder o lábio, pensando seriamente em voltar para onde Neteyam estava, mas não queria perder o garoto de vista, portanto, continuou se esgueirando pelos arbustos.

Paisagens completamente novas se revelavam conforme a criança avançava, pulando e desviando dos galhos como se estivesse em alguma brincadeira. Ao'nung parou a caminhada quando o menino parou e começou a engatinhar ao notar algo na terra. As mãos pequenas logo começaram a trabalhar, parecendo ávidas ao cavar com as unhas em torno de folhas verdes. Depois de alguns segundos, ouviu um risinho feliz e estreitou os olhos, tentando enxergar através do arbusto.

O menino puxou as folhas longas, revelando pequenas frutas redondas e vermelhas. Sem perder tempo ele mordeu com gosto, emitindo um som molhado pela umidade interior do fruto. Ele comeu rápido e sedento, mastigando veloz para dar outra mordida. Parecia faminto. No entanto, sua refeição foi interrompida quando um inseto que poderia ter o tamanho do pé dele saiu da terra balançando anteninhas espertas. O garoto soltou um grito agudo e choroso, correndo para longe, levando sua fruta na mão.

Always Somewhere (Aonung x Neteyam)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora