22. Jornadas que terminam, outras que começam

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Notas Iniciais

Finalmente chegamos aqui.

Último cap antes do epílogo. UAU.

Lembrando que teremos 2 extras muito incríveis com direito a cenas calientes e mais cenas em Awa'atlu (estavam com saudade também?)

Playlist da fic no spotify -> https://open.spotify.com/playlist/1aRePxCbac7cDunYhqoeCg?si=53e0db9f2f584a20

***

And in the evening the sun sank (E à noite o sol se põe)

Tomorrow it will rise (Amanhã ele ressurgirá)

Come a little closer – Cage the elephant


Kaya não se recordava de outro momento tão urgente quanto aquele desde a morte de seu filho, no Santuário dos Ossos.

Enquanto tentava avançar com Eiji em seus braços pelos corredores em chamas e quase desmoronando sobre eles, ela evitava pensar em qualquer outra coisa que não fosse sair dali o quanto antes.

Mas a destruição na base era tamanha, que logo a mulher se viu perdida entre o emaranhado de corpos e escombros. Muitas vezes parava diante de um corredor bloqueado e se via obrigada a voltar para o fogo, buscando outro caminho.

Os pés descalços pulavam agilmente, mas não conseguiam evitar as queimaduras, que arrancavam lamentos furiosos de seus lábios.

Conforme os segundos passavam e a fumaça aumentava, dificultando sua respiração, Kaya apertava mais Eiji em seus braços, como se pudesse protegê-lo do calor fumegante.

Os olhos dourados buscavam passagens livres ou janelas que pudesse destruir, mas não conseguia entender as construções do Povo do Céu e se perdeu nos corredores de novo.

Quando começou a sentir os pulmões queimarem pela fumaça quente que os invadia, Kaya ficou mais afoita e acelerou o passo para buscar alguma saída.

— Kaya! Eiji!

A voz de Aneya parecia distante e a mulher sabia que precisava ir em sua direção.

— Aneya! – Gritou em resposta, mas tossiu logo em seguida.

— Kaya! Onde estão!?

Seguindo na direção da voz, a guerreira passou a ignorar o fogo ardendo em seus pés e apertou Eiji com ainda mais força.

— Estamos indo!

Contudo, logo sua euforia se foi quando virou no corredor e deu de cara com uma pilha de escombros. O suor em seu rosto pareceu se intensificar.

— Estamos aqui! – Gritou, na esperança de que a resposta de Aneya viesse de outra direção.

— Ah, droga! – Praguejou o rapaz, que estava exatamente atrás do que havia desabado. – Se afastem!

Kaya obedeceu e logo percebeu os sons das pedras ameaçando se moverem.

Aneya empurrava o que conseguia para abrir uma passagem para os amigos. Era difícil por conta da fumaça, mas tinha um treinamento poderoso para prender a respiração, então se utilizou de todas as lições aprendidas com seu povo naquele momento.

Podia escutar, um pouco mais baixo, os sons das tosses de Kaya conforme o ar era rapidamente substituído pela fumaça escura que os sufocava.

Mais urgente do que precisava fazer, Aneya grunhiu, empurrando com mais firmeza as pedras em seu caminho até que finalmente abriu um minúsculo buraco entre os escombros, que permitiu uma certa troca de ar e aliviou um pouco as coisas do lado incendiado.

Always Somewhere (Aonung x Neteyam)Where stories live. Discover now